O jogador de futebol Anderson Lourenço, que foi encontrado morto no mar em Praia Grande, no litoral de São Paulo, após mais de 30 horas desaparecido, havia acabado de realizar o sonho de ganhar um torneio. O jogador, de 23 anos, deixou uma esposa e um filho de 11 meses. As causas da morte ainda são investigadas.
Anderson jogava no time Impacto Futebol Clube, de Osasco (SP), como meia e lateral de campo. No domingo anterior ao desaparecimento, no dia 19 de dezembro, o jogador conquistou Copa da Paz, um de seus maiores objetivos profissionais para este ano.
“Ele queria muito trazer essa taça para casa. Foi um ano difícil para o time, perderam todos os campeonatos. Então, vencer esse último era o sonho dele. Estava muito feliz”, contou a esposa, Larissa Oliveira, de 22 anos.
Ele comemorou bastante o título, segundo a esposa. A copa também o impulsionou a continuar perseguindo o sonho de se tornar um jogador de futebol de grandes clubes do país. “Sempre foi o sonho dele, mas infelizmente acabou não conseguindo”, lamentou. Ele teria mais um campeonato para competir neste fim de ano, segundo a esposa.
36 horas desaparecido
Anderson estava em Mongaguá com o irmão, na madrugada de sexta (24), quando decidiu passear pela praia. “Por volta das 2h da manhã, ele deixou as roupas dele, chave, documento, e falou para o meu cunhado que iria dar uma volta. Depois de uns cinco minutos, meu cunhado sentiu falta dele, porque ele não é de sumir assim”, relembra a esposa.
Apreensiva, a família decidiu iniciar as buscas. Larissa conta que eles acionaram os bombeiros e a polícia e que, após 36 horas, um pescador encontrou o corpo de Anderson boiando no mar em Praia Grande, no Balneário Flórida. O corpo dele foi retirado pelo Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar) e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade.
A viúva diz que apesar da causa da morte ainda não ter sido definida pelo IML, a família não acredita que Anderson tenha se afogado. “Como ele era jogador e tinha uma saúde boa, ele deve ter andado alguns quilômetros, cansado, ido jogar uma água no corpo, e a água deve ter levado ele”, imagina.
Larissa conta que a situação para ela e os familiares está difícil. “Para mim, a ficha não caiu totalmente”, diz. Ela e Anderson têm um filho que completou 11 meses no último sábado (25). O jogador foi sepultado no Cemitério Municipal Santo Antônio em Osasco.