O julgamento dos quatro réus, acusados de torturar e assassinar Joyce da Silva Alves, que aconteceria na quinta-feira, 27, foi adiado por solicitação do Ministério Público de Alagoas.
Nesta quarta-feira, 26, o promotor de Justiça, Dênis Guimarães, solicitou o adiamento da sessão de julgamento do Tribunal do Júri após sua esposa ser diagnosticada com Covid-19. Apesar de não ter apresentado nenhum sintoma da doença, a recomendação da ANS, do Tribunal de Justiça e do Ministério Público é que qualquer servidor que tenha convívio direto com uma pessoa infectada se abstenha do trabalho presencial para cumprir isolamento social.
Diante da situação, o pedido foi acatado pelo juiz Filipe Ferreira Munguba, titular da 7ª Vara Criminal de Maceió. “Sendo assim, apresentado justo motivo para o adiamento do julgamento, determino a reinclusão do processo em pauta, com a maior brevidade possível, respeitado o período de isolamento de 14 dias”, finaliza o magistrado.
Os réus – Clécio Gomes Barbosa, Elton Jhon Bento da Silva, Jullyana Karla Soares da Costa e Maria Mariá Araújo Epifânio – serão julgados pelo assassinato da jovem de 22 anos, Joyce da Silva Alves, ocorrido em fevereiro de 2019. Consta nos autos que a motivação para o crime seria o fato da jovem mencionar que pertencia a facção Comando Vermelho (CV) ao visitar a casa de um adolescente, em que estavam presentes alguns colegas e a ré Maria.
Na ocasião, as pessoas presentes se irritaram com a vítima e tomaram seu celular, informando que a região era dominada pela facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Um adolescente se dirigiu a casa do acusado Elton e contou a situação, momento em que ele e a esposa, Jullyana, foram até o local.
O inquérito policial ainda relata que o acusado Clécio ordenou que as rés torturassem Joyce durante toda a madrugada para obter uma resposta. Após as múltiplas agressões, a vítima foi levada até um local ermo, onde Elton e Clécio desferiram múltiplas pauladas em Joyce e cravaram uma estaca em sua cabeça.
Os réus Elton e Jullyana fizeram seus dois filhos menores assistirem às agressões sofridas pela vítima na casa de um dos adolescentes, bem como os levaram para o local em que a vítima foi morta, explicando que era assim que integrantes da facção rival tinham de ser tratados.
Matéria referente ao processo n° 0703903-07.2019.8.02.0001.
PC e Bombeiros localizam corpo de jovem que estava desaparecida após sair de festa