Acusado de matar vizinha após tentativa de estupro é condenado a 23 anos de prisão

Crime aconteceu em Agosto de 2019, no bairro de Chã de Bebedouro. População tentou linchar o responsável

O réu Denivaldo Santos de Amorim, acusado de matar a facadas e tentar estuprar a vizinha Thaynara Ferreira Aciole, no bairro de Chã de Bebedouro, em Maceió, no ano de 2019, foi condenado a 23 anos e 7 meses de prisão. O júri aconteceu nessa segunda-feira (31).

A sentença, assinada pelo juiz Ewerton Chaves Carminati, no Tribunal do Júri da 7ª Vara Criminal de Maceió, no Fórum da Capital, afirma que a conduta do réu possui um alto grau de reprovabilidade, visto que “o acusado teria se lavado do sangue da vítima na frente da residência, em claro ato de intimidação”. O juiz também apontou que o réu mentiu durante o interrogatório policial.

“Tendo em vista ter mentido em seu interrogatório ao mencionar que matou a vítima para se defender, quando o laudo pericial demonstra claramente a existência, na vítima, de lesões de defesa, sendo evidente, portanto, que é ela quem foi atacada”, diz a decisão.

O réu está preso e não terá o direito de recorrer em liberdade. A pena tem o regime inicial fechado.

O caso

No dia 7 de agosto de 2019, no bairro de Chã de Bebedouro, o réu, que era vizinho da vítima há vários anos e conhecia a rotina de trabalho do esposo dela, aproveitou-se por saber que Thaynara estava sozinha em casa, invadiu o imóvel e tentou manter conjunção carnal com a vítima.

Thaynara resistiu à tentativa de estupro, entrando em luta o com o denunciado que acabou por esfaqueá-la na região do pescoço até a morte. A vítima também foi atingida nas mãos, o que demonstra lesões de defesa.

Após cometer o crime, Denivaldo saiu da residência, foi para a porta da sua casa e, sem se importar com as pessoas ao redor, passou a lavar o sangue da vítima que estava na sua pele e roupa. As pessoas que estavam nas proximidades avançaram sobre o denunciado e na tentativa de linchá-lo.

Em seguida, a polícia chegou ao local, efetuando a prisão em flagrante do réu e apreendendo a arma do crime.

Em um primeiro contato com a polícia, ele disse que surtou e atacou a jovem, no entanto, posteriormente destacou aos militares que só falaria na presença do advogado.

Matéria referente ao processo nº 0721174-29.2019.8.02.0001

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