A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) assistiu, no domingo (30), o jogo entre Fortaleza e Sousa-PB, sem ter tomado qualquer uma das doses da vacina contra a Covid-19. A partida foi válida pela Copa do Nordeste e ocorreu na Arena Castelão, onde o passaporte que comprova a vacinação é exigido. O Fortaleza venceu a partida por 5 a 0.
O decreto vigente do Governo do Estado do Ceará, publicado no dia 29 de janeiro de 2022, manteve a exigência do passaporte sanitário (comprovando que o ciclo vacinal contra a Covid-19 está completo, ou seja, no mínimo duas doses) para que pessoas possam ingressar em eventos de qualquer natureza e porte, restaurantes, bares, barracas de praia e academias, bem como a realização por hóspedes de “check in” em hotéis e pousadas.
Carla Zambelli é contra a exigência do passaporte de vacinação. Na sua conta no Instagram, ela disse que “não posso e não tomarei vacina”. “Quanto à transmissão, tenho imunidade muito maior que a conferida por vacinas”, disse.
A Secretaria do Esporte e Juventude (Sejuv) informou ao g1 que os clubes mandantes de jogos são responsáveis por toda a operação no dia do jogo. Destacou, ainda, que o caso ocorrido no jogo será apurado.
O órgão reforça que cabe aos participantes a obrigação de comprovar junto ao realizador do evento o esquema vacinal completo, assim como o uso de máscaras e o cumprimento do distanciamento social, sendo atribuição do clube mandante realizar essa exigência, com o devido controle para fiscalização.
O presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, disse que a deputada esteve no jogo a convite do conselheiro deliberativo, Eduardo Sales, e que ela em não recebeu convite da instituição para ver o jogo. Marcelo Paz reforçou ainda que ela estava como torcedora e lembrou das comorbidades da parlamentar.
“A deputada esteve no jogo a convite do conselheiro Eduardo Sales. Esteve em um camarote. Não foi um convite oficial do clube, não estava em camarote oficial e não foi recepcionada pela presidência do clube. Estava como torcedora. Sobre a sua não vacinação a deputada tem problemas de saúde, comorbidades, que impedem de ser vacinada. Inclusive o próprio decreto permite que pessoas que não podem ser vacinadas tem o acesso ao estádio”.
Comorbidades
Sobre a polêmica de ter assistido ao jogo sem ter sido imunizada, a parlamentar justificou que possui comorbidades e não pode ser vacinada, por questão de saúde.
“Comprovo que não posso tomar a vacina devido às minhas condições clínicas. Para quem não sabe, anos atrás fiz uma cirurgia para retirar um tumor cerebral. Ademais, conforme mostra exame realizado no Laboratório Sabin, minha imunidade é suficientemente maior daquela oferecida pelas vacinas”, afirmou.