O Brasil não assinou um documento publicado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) que condena a investida russa em território ucraniano.
A Ucrânia o quarto dia de bombardeios e assiste à presença de militares russos aumentar em seu território. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, determinou que as tropas militares façam “ofensivas em todas as direções”. Em reação, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apelou a “todos os amigos” do país e garantiu que as tropas sob seu comando não irão recuar.
Além do Brasil, países como Nicarágua, Cuba, Bolívia e Argentina decidiram não assinar a declaração divulgada pela OEA, segundo apurou o Metrópoles.
Na carta, a OEA condena “veementemente a invasão ilegal e injustificada” da Ucrânia pela Federação Russa e “apela à retirada imediata da presença militar e à cessação de qualquer nova ação militar naquele país”. Ainda, exorta ao presidente da Rússia “cessar imediatamente suas hostilidades, diminuir a escalada, retirar todas suas forças e equipamentos da Ucrânia e retornar ao caminho do diálogo e da diplomacia para a solução de controvérsias”.
Ao jornal O Globo, um interlocutor envolvido com o assunto explicou que a delegação brasileira pode não ter assinado a carta pois: 1) a Ucrânia fica no continente europeu e; 2) a posição do Brasil foi expressa no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).
Durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU, realizada nessa sexta-feira (25/2), o embaixador do Brasil na organização, Ronaldo Costa Silva, condenou os ataques russos e disse que o mundo “precisa se livrar da guerra e que a paz e a lei internacional precisam prevalecer”. Ele acrescentou que o Brasil apoia a busca do “equilíbrio” e chamou de “inaceitável” a invasão do território ucraniano.
Por sua vez, o embaixador do Brasil junto à OEA, Otávio Brandelli, em seu discurso, destacou que o Conselho de Segurança das Nações Unidas é o órgão que “possui a responsabilidade primordial pela manutenção da paz e da segurança internacional”.