Roman Abramovich receberá, até o fim da semana, propostas para vender o Chelsea. E, pela primeira vez desde que assumiu o atual campeão do mundo, está disposto a ouvir e fazer negócio.
É o que mostra reportagem publicada nesta terça-feira (1º) pelo jornal The Telegraph, que ouviu três fontes com cargos importantes no Chelsea e, portanto, próximas ao empresário russo.
Segundo o diário britânico, as ofertas prometidas devem chegar às mãos de Abramovich até o fim da semana, em um momento que o bilionário está cada vez mais distante do dia a dia do clube.
No sábado (26), o russo deixou o comando do Chelsea. Ele segue dono dos Blues, mas passou o poder de tomar decisões à Fundação Chelsea, que possui seis membros: o presidente Bruce Buck e mais John Devine, Emma Hayes, Piara Powar, Paul Ramos e Sir Hugh Robertson.
Tudo isso por conta da pressão feita por integrantes do Parlamento do Reino Unido, que querem diminuir o papel de empresários russos na Inglaterra. Abramovich tem fortes ligações com Vladimir Putin, líder do Governo da Rússia e que autorizou, na quinta passada (24), ataques militares à Ucrânia.
Por todo esse cenário, pessoas próximas a Abramovich acreditam que a venda do Chelsea pode acontecer, nem tanto por vontade do dirigente, mas por não haver outra saída e um futuro próximo.
O empresário, inclusive, já colocou sua mansão, em Kensington Palace Gardens, à venda, em mais um indício de que ficará cada vez mais distante do dia a dia em Stamford Bridge.
No passado, Abramovich recusou propostas imensas pelo Chelsea, a maior delas no valor de 2,2 bilhões de libras esterlinas, o equivalente a R$ 15 bilhões na moeda local.
Vale lembrar que, pelos investimentos feitos desde que virou dono em 2003, Abramovich tem 1,51 bilhão de libras (R$ 10,38 bilhões) a receber do Chelsea. Ou seja, o valor de uma possível venda precisará compensar a quantia da dívida.
A indefinição sobre o futuro de Roman Abramovich no futebol inglês foi motivo de pergunta em coletiva de Thomas Tuchel nesta terça-feira, véspera da partida contra o Luton, pela Copa da Inglaterra.
“Tenho que dizer que é um pouco demais para eu responder. Não tenho todos os detalhes, não conheço a situação inteira. Existem situações muito, muito mais importantes que futebol, como a guerra, por exemplo. Não cabe a mim comentar o papel do senhor Abramovich, porque não sei o suficiente do assunto”, disse o treinador.