Tribunal de Justiça cassa decisão que colocou Gil Rugai no regime semiaberto; ele também passará por teste psicológico

TJ de SP determinou ainda a realização do teste Rorschach, técnica de avaliação psicológica para identificar traços da personalidade de uma pessoa. Crime foi cometido em 2004.

A pedido do Ministério Público de São Paulo, a Justiça cassou uma decisão que colocou Gil Rugai, condenado a mais de 30 anos de prisão pelo assassinato do pai e da madrasta em 2004, no regime semiaberto.

Reprodução / Arquivo TV Globo

Gil Rugai

Em 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a condenação. O publicitário e ex-seminarista de 36 anos sempre negou os crimes.

O Tribunal de Justiça determinou ainda a realização do teste Rorschach. O exame, popularmente conhecido como “teste do borrão de tinta”, é uma técnica de avaliação psicológica para identificar traços da personalidade de uma pessoa.

A Justiça usa esse teste para conseguir captar elementos e traços da personalidade profundos dos pacientes analisados e serve para identificar, por exemplo, se o detento está apto a retornar ao convívio em sociedade.

Gil Grego Rugai foi condenado a uma pena de 33 anos, seis meses e 25 dias de reclusão, em regime por dois homicídios qualificados praticados contra seu pai e madrasta, e estelionato, em prejuízo da empresa “Referência Filmes”, de propriedade do primeiro, com término previsto para 02 de junho de 2046.

No pedido de progressão ao regime semiaberto, a fim de verificar se o sentenciado tinha condições para conseguir o benefício, o Ministério Público pediu a realização do teste de Rorschach, o que foi indeferido.

Condenação

Gil Rugai teve a progressão para o regime semiaberto autorizada pela Justiça em novembro de 2021. Ele estava preso na penitenciária de Tremembé, no interior de SP.

A liberação dele ocorreu apesar do parecer contrário do Ministério Público. Na decisão que terminou a progressão, a juíza responsável pelo caso entendeu que o exame criminológico do ex-seminarista foi “totalmente positivo”, e o comportamento, classificada como ótimo e sem faltas disciplinares.

Em agosto de 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, manteve a condenação definitiva de Gil Grego Rugai pelos assassinatos do pai e da madrasta, em 2004 em São Paulo, e o caso passou à condição de transitado em julgado, onde não é mais passível de recursos. O caso está em fase de execução e cumprimento da pena.

O crime foi cometido em 28 de março de 2004. O casal foi encontrado baleado e morto à época na sede da agência de publicidade que funcionava na casa onde morava em Perdizes, Zona Oeste da capital. Luiz tinha 40 anos de idade e Alessandra, 33. Rugai tinha 20 anos naquela ocasião.

Fonte: g1

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