Morador que matou ‘hipster da Federal’ atirou em legítima defesa, conclui polícia

Delegado indiciou autor do disparo por posse ilegal de arma de fogo, em Buritinópolis. Lucas Valença foi morto após invadir casa do homem durante surto, na zona rural da cidade.

Lucas Soares Dantas Valença, o ‘hipster da Federal’ — Foto: Reprodução/Instagram

A Polícia Civil concluiu que o morador que atirou e matou Lucas Valença, conhecido como “hipster da Federal”, agiu em legítima defesa, em Buritinópolis, no nordeste goiano. O inquérito foi concluído e enviado à Justiça de Goiás na terça-feira (12). O autor do disparo foi indiciado por posse ilegal de arma de fogo e responde em liberdade, após ser preso em flagrante, pagar fiança e ser liberado em seguida.

Segundo o inquérito policial, assinado pelo delegado Alex Rodrigues, Lucas estava “transtornado, proferindo xingamentos e ameaças, no meio de surto psicótico, chegando a quebrar o padrão de energia da residência e, ao final, arrombar a porta de acesso ao imóvel”.

Ainda de acordo com o documento, o morador avisou que estava armado e atirou para resguardar a própria integridade física e da família. No texto, Rodrigues argumenta ainda que “a arma de fogo, mesmo que de forma ilegal, foi o meio necessário e adequado para cessar o risco atual que a vítima estava provocando”.

Lucas morreu na noite de 2 de março de 2022. Ele ficou conhecido nacionalmente após escoltar o então deputado cassado Eduardo Cunha, em Brasília, e chamar a atenção pela postura. Os traços masculinos e porte físico chamaram a atenção e também renderam o apelido de “policial gato”.

Natural de Posse, em Goiás, ele trabalhava na PF, no Distrito Federal desde 2014.

Morte
Segundo a advogada Sindd Campos informou à época da morte de Lucas, o policial federal foi a Mambaí, cidade vizinha a Buritinópolis, para comemorar o aniversário do irmão. Ainda de acordo com ela, o cliente fazia um tratamento contra depressão e nunca tivera um surto até então.

Sindd contou que o policial estava no rancho da família, mas saiu a pé e ela acredita que ele não tenha conseguido voltar para casa, já que o local estava escuro. Ela disse ainda que ele estava desarmado e sem celular.

As informações apuradas pela Polícia Civil no dia da morte de Lucas indicam que ele desligou o disjuntor de uma casa na zona rural da cidade, gritou do lado de for a dizendo que haveria uma demônio no local e invadiu o imóvel, sendo baleado pelo morador em seguida.

O morador que atirou em Lucas contou à polícia que ouviu barulho de gente em volta da sua casa e uma gritaria com diversos xingamentos.

Diante da escuridão e com medo, o morador avisou que estava armado. No entanto, segundo ele, o homem invadiu o imóvel – momento em que atirou em direção do invasor com uma espingarda. Após religar o disjuntor de energia, ele viu a vítima baleada e chamou a Polícia Militar e uma ambulância.

Ainda de acordo com o morador, ele não sabia quem era o homem e que agiu em legítima defesa. À época, ele foi preso em flagrante, pagou uma fiança e responde em liberdade deste então.

Fonte: g1

Veja Mais

Deixe um comentário