A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, na quinta-feira (14), a comercialização, distribuição, importação e uso de chocolates da marca Kinder suspeitos de estarem contaminados por salmonella.
A medida ocorreu mesmo com o Brasil não vendendo os produtos indicados, conforme divulgado pela própria Anvisa após o contato da empresa Ferrero. “A Agência considerou prudente publicar a medida preventiva com o objetivo de informar à sociedade e de evitar que o produto seja consumido ou trazido de fora do país por pessoas físicas ou importadoras”, declarou a Anvisa.
A contaminação pela bactéria Salmonella Typhimurium aconteceu na fábrica de Arlon, na Bélgica, e as operações do local foram suspensas.
“A Anvisa notificou a empresa a prestar informações sobre os produtos e sobre o controle de importações por terceiros”, completou a agência.
Na quarta-feira (13), a Ferrero afirmou que “ainda não recebeu qualquer notificação oficial da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão que integra o Ministério da Justiça, sobre possíveis esclarecimentos em relação a episódios de intoxicação por salmonella em produtos da Kinder Europa”.
Na nota enviada a imprensa naquele momento, a Ferrero disse realizar um “recall voluntário” dos chocolates Kinder Surprise, Kinder Schokobons, Kinder Mini Eggs e Kinder Surprise Maxi 100g em outros países.
“Estes produtos não são vendidos pela Ferrero no Brasil, portanto não há que se falar em retirada destes itens do país”, disse a empresa.
Na última semana, a agência de saúde europeia afirmou investigar pelo menos uma dúzia de casos reportados e suspeitos de salmonela relacionados ao consumo dos chocolates da marca em pelo menos nove países, a maioria em crianças abaixo de 10 anos.
A planta de Arlon é responsável por cerca de 7% do total dos produtos da Kinder distribuídos globalmente, informou a Ferrero.