Trisal quer registrar bebê com nome do pai e das duas mães

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Trisal espera filho no interior de São Paulo

Nasceu neste sábado (16) o bebê do trisal de Bragança Paulista. Pierre nasceu em uma cesárea acompanhado dos três pais na Santa Casa. A partir de agora, a família vai buscar a justiça para manter o registro do pai e das duas mães na certidão de nascimento.

O bebê nasceu às 15h com 3180 kg e 50 centímetros. Pierre nasceu de uma fertilização in vitro depois da união do trisal. Priscila Machado e Marcel Mira já eram casados há 15 anos e tinham dois filhos quando se apaixonaram pela assistente social Regiane Gabarra. Marcel já havia feito a cirurgia que o impedia de engravidar Regiane, por isso decidiram pela fertilização.

Nasce bebê de trisal em Bragança Paulista — Foto: Gabriela LuzNasce bebê de trisal em Bragança Paulista — Foto: Gabriela Luz

O trisal está junto há três anos e meio e este é o primeiro filho após a união. Pierre está com os pais na maternidade da Santa Casa neste domingo (17).

Nas redes sociais, o trisal tem o perfil ‘Trisal Amor ao Cubo’ e compartilha a rotina e fala sobre o poliamor. O perfil tem mais de 38 mil seguidores.

Nasce Pierre, bebê de trisal, em Bragança Paulista — Foto: Gabriela LuzNasce Pierre, bebê de trisal, em Bragança Paulista — Foto: Gabriela Luz

Registro

Com o nascimento, os pais vão começar uma batalha judicial para incluir o nome dos três na certidão de nascimento.

A legislação brasileira permite o registro de crianças com mais de um pai ou mais de uma mãe. Isso porque há o reconhecimento de responsabilidade socioafetiva, que permite a inclusão de mais uma pessoa à certidão de nascimento.

Com esse reconhecimento socioafetivo, a pessoa passa a ter todos os deveres dos pais biológicos, incluindo dever de pensão e partilha de herança.

A inclusão no registro, no entanto, depende da avaliação do juiz e dos psicólogos. Eles precisam reconhecer que há laços afetivos entre a mãe social e a criança. Em geral, a medida só é adotada com a criança a partir de seis anos. Apesar disso, não há legislação sobre isso, dependendo da avaliação da justiça caso a caso. Com isso, o casal pretende recorrer com Pierre ainda bebê.

Fonte: g1

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