Marcela Portelinha, mãe da menina Raquel Antunes, de 11 anos, prestou depoimento na 6ª DP (Cidade Nova) na tarde desta segunda-feira (25). A criança morreu após ser imprensada por um carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora. O acidente aconteceu na primeira noite de desfiles na Sapucaí.
Ela chegou acompanhada e o depoimento durou até 15h45. O advogado da escola de samba está na delegacia.
Raquel chegou a perder a perna direita durante uma cirurgia complexa, sofreu uma parada cardiorrespiratória. Ela também teve traumatismo no tórax e respirava por aparelhos.
A delegada Maria Aparecida Mallet, titular da 6ªDP, afirmou nesta segunda que pessoas já ouvidas pela polícia disseram ter alertado sobre a possibilidade de um acidente no local onde aconteceu o acidente com Raquel.
“Já ouvimos várias testemunhas que estavam presenciais que nos trouxeram alguns elementos importantes para a investigação. São pessoas que perceberam o momento do fato, o acidente, e elas relataram o perigo iminente que estava ocorrendo ali”, afirmou a delegada.
Mallet acrescentou que, agora, a polícia vai comparar as imagens obtidas pela polícia, do momento do acidente que matou Raquel, com os depoimentos desta segunda.
Segundo a delegada, o diretor de carnaval da escola de samba Em Cima da Hora, Flávio Azevedo, era esperado na delegacia. Um advogado da escola, no entanto, deixou a delegacia por volta das 16h20 e disse apenas que teve acesso aos autos do processo e falou que Flávio não foi intimado.
Além do presidente administrativo, que está com depoimento marcado para as 14h, a polícia também quer ouvir o homem que guiava o guincho que puxou o carro alegórico envolvido no acidente.
O atual presidente de honra da agremiação é Heitor Fernandes, filho de Sebastião Ubiratan Fernandes, o Birão, que morreu em fevereiro deste ano pelo agravamento de problemas cardíacos. Entretanto, a polícia não confirmou se será Heitor que vai depor na delegacia.
Mãe precisa ser carregada
Após o enterro de Raquel, no sábado (23), Marcela Portelinha, mãe da menina, foi carregada e levada para dentro de uma ambulância ao lado da entrada do cemitério do Catumbi, no Centro do Rio.
Chorando muito, Marcela precisou ser amparada e desmaiou várias vezes durante a despedida da filha. Ela está grávida.