Civis escondidos em bunkers de siderúrgica na Ucrânia conseguem escapar em operação liderada pela ONU

Entidade não forneceu detalhes da operação para não comprometer a segurança das famílias resgatadas.

Alexander Ermochenko/Reuters

Maxim, funcionário da siderúrgica Azovstal, abraça seu filho Matvey, que já havia deixado a cidade com seus parentes

Cerca de 40 civis foram retirados neste domingo (1º) dos bunkers da siderúrgica Azovstal, em Mariupol, na Ucrânia, onde se escondiam no subsolo, amontoados sob cobertores, tentando se proteger dos bombardeios da Rússia.

A operação de resgate foi arquitetada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Cruz Vermelha Internacional, que fecharam um acordo para aliviar as tensões no local.

Até a última atualização desta reportagem, aproximadamente 1.000 pessoas ainda aguardavam ajuda para sair da siderúrgica.

Mariupol está sob controle russo, mas alguns combatentes e civis ucranianos abrigaram-se em Azovstal — uma grande fábrica da era soviética, fundada nos tempos de Josef Stálin, repleta de labirintos e de túneis projetados para resistir a ataques.

Depois que um fotógrafo da agência de notícias Reuters testemunhou, neste domingo, dezenas de civis chegando a um centro de acomodação temporário, a ONU confirmou o que chamou de “operação de passagem segura para retirar pessoas da siderúrgica”.

Civis que deixaram a área da siderúrgica Azovstal, em Mariupol, caminham acompanhados por um membro do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) — Foto: Alexander Ermochenko/ReutersCivis que deixaram a área da siderúrgica Azovstal, em Mariupol, caminham acompanhados por um membro do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) — Foto: Alexander Ermochenko/Reuters

“Neste momento, e como as operações estão em andamento, não compartilharemos mais detalhes, pois isso pode comprometer a segurança dos civis e do comboio”, disse Saviano Abreu, porta-voz da ONU.

 

Segundo o fotógrafo, civis (incluindo crianças) chegaram ao vilarejo de Bezimenne, a cerca de 30 km de Mariupol, e receberam água e cuidados após semanas de sofrimento.

Valeria, funcionária da siderúrgica Azovstal, abraça seu filho Matvey — Foto: Alexander Ermochenko/ReutersValeria, funcionária da siderúrgica Azovstal, abraça seu filho Matvey — Foto: Alexander Ermochenko/Reuters
Fonte: g1

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