O dia em que Adriano Imperador comoveu colegas de Athletico-PR e fez seu último gol no profissional: ‘A gente não esperava’

Clube Athletico Paranaense

O duelo entre The Strongest e Athletico-PR pela Conmebol Libertadores, que será realizado nesta terça-feira (03), às 19h15 (de Brasília), entrou para a história de um dos maiores atacantes brasileiros de todos os tempos.

Em 2014, Adriano Imperador defendia o Furacão quando marcou seu último gol como jogador profissional durante a primeira fase da competição continental.

Jogando na altitude de La Paz, na Bolívia, a equipe rubro-negra foi derrotada por 2 a 1 na última rodada da fase de grupos e acabou eliminada na Libertadores.

“O gol dele foi o momento mais feliz para todos. Nós fomos comemorar porque sabíamos que ele precisava muito daquele gol. Estávamos gratos por viver ao lado dele. Esse foi um dos melhores jogos porque, mesmo não tendo conseguido a vaga, a gente entrou para a história do Adriano. Vou levar isso para a vida toda”, disse o atacante Éderson, atualmente na Chapecoense, ao ESPN.com.br.

Os donos da casa abriram o placar com um gol contra de Manoel. Vestindo a camisa 30, o Imperador empatou no fim da primeira etapa, aos 47 minutos. O gol saiu depois de uma jogada pela direita, quando Marcelo Cirino cruzou para o meio da área, e a defesa do Strongest não conseguiu cortar. Adriano, mostrando grande senso de oportunismo e livre de marcação, apenas empurrou com pé esquerdo para o fundo da rede do goleiro Vaca.

Todos os jogadores do Athletico-PR saíram para abraçar o Imperador. Tinha sido apenas a segunda finalização do jogador na partida.

“Foi um momento muito bacana com o Adriano. Ele era espetacular, brincava toda hora e contava histórias da carreira dele. É um exemplo por tudo que fez no futebol e era muito humilde”, disse Éderson.

No entanto, a alegria durou pouco tempo, pois Solíz decretou a derrota do time rubro-negro aos 10 minutos do segundo tempo.

“A gente ficou bem feliz quando o professor (Miguel Ángel Portugal) colocou o Adriano para jogar porque precisávamos buscar a vaga. Quando ele fez o gol, nós estávamos nos classificando, mas não conseguimos segurar o resultado porque a altitude nos atrapalhou demais e sofremos muito no segundo tempo”, afirmou.

‘Aprendi muito com o Adriano’

A chegada de Adriano ao Athletico-PR, em dezembro de 2013, gerou bastante surpresa e expectativas, pois o atacante estava há quase dois anos parado depois de ter saído do Corinthians. O jogador passou a cuidar da forma física no clube e dois meses depois assinou um contrato de produtividade.

“Foi bem marcante porque ele era um jogador tão renomado e reconhecido e mostrou no dia a dia porque tinha tudo isso como jogador e pessoa. Foi um cara que agregou muito para mim porque era bem novo e aprendi bastante com ele na forma como tratava todo mundo e era muito humilde. Foi bem bacana. Quando chegou para aprimorar a parte física dava pra ver a qualidade nos treinos”, disse Éderson.

“Um cara que finalizava muito bem e tive a chance de estar perto dele e sentava ao lado do vestiário dele. Todos os dias a gente via isso. saí do interior do Ceará e estava convivendo com um cara desse tamanho. Meu pai fez questão de ir para Curitiba para conhecer o Adriano e foi muito bacana. Até hoje esses momentos me marcam”.

Ele ficou de fora das fases preliminares da Libertadores para melhorar o condicionamento e depois só entrou em campo quatro vezes. O único gol pelo Furacão marcado foi exatamente na Bolívia, quando foi titular pela primeira – e única vez – do time principal, em oito de abril.

“A gente não imaginava naquela época que seria o último jogo e o último gol dele. Muito tempo depois que foi cair a ficha e percebemos que tínhamos entrado para a história”.

Dois dias depois da partida, Adriano faltou ao treino e foi ao show da cantora Anitta, em Curitiba. A decisão não agradou a diretoria e pouco tempo depois foi anunciada a rescisão de contrato em comum acordo.

Após se despedir do time paranaense, Adriano chegou a dizer que continuaria a carreira como jogador. No entanto, ele não defendeu mais clubes profissionais. A única aventura do Imperador no futebol aconteceu em 2016, nos EUA, quando defendeu o Miami United, uma equipe semiprofissional.

Fonte: ESPN

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