O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, disse que acatar o resultado das eleições “é expressão inegociável da democracia”. O ministro esteve no Recife, onde palestrou no Ciclo de Estudo Mulheres e Política, evento promovido pela Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE).
O evento ocorreu na sede da escola, no bairro de Joana Bezerra, região central da cidade. Durante a palestra, Fachin falou sobre a importância da participação de mulher na política e reiterou a segurança das eleições.
“O Brasil tem eleições limpas, seguras e auditáveis. O acatamento do resultado do exercício da soberania popular é expressão inegociável da democracia pelo respeito ao sufrágio universal e ao voto secreto”, afirmou, durante o discurso.
Fachin também fez uma analogia entre os partidos e candidatos e times de futebol. Disse que nenhum “time” entraria em campeonato com taça de campeão, nem rebaixado.
Afirmou, ainda, que o lema da Justiça Eleitoral é “paz e segurança nas eleições”. “A Justiça Eleitoral se veste para a paz nas eleições, que devem ser a celebração da democracia, defende o Estado democrático de direito e a deferência ao processo eleitoral”, disse.
Fachin também falou sobre a importância de combater as notícias falsas e a desinformação.
“A defesa da democracia propõe serenidade, segurança e ordem para desarmar os espíritos. Prega o diálogo, a tolerância e a obediência à legalidade constitucional. E por isso, enfrenta a desinformação com dados e com informação correta. A Justiça Eleitoral conclama para a paz”, declarou.
À tarde, Fachin participou de uma reunião com o presidente do TRE em Pernambuco, André Guimarães, e com o vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Moacyr Araújo.
Durante o encontro, eles discutiram a implementação de uma iniciativa de automação no processo de testes de integridade das urnas, feita em parceria com o Centro de Informática (CIn) da UFPE.
O projeto propõe utilizar um braço robótico e inteligência artificial para realizar a habilitação do eleitor e votação que ocorrem durante o teste de integridade na urna eletrônica, para automatizar o processo de auditoria.
A partir de dados preenchidos em cédulas de papel, simulando opções de voto de eleitores, o sistema captura os números constantes na cédula e comanda o braço robótico para digitação dos mesmos números na urna eletrônica.
Com isso, seria possível substituir a necessidade de servidores e colaboradores para esse tipo de trabalho. Neste ano, serão 27 urnas eletrônicas serão submetidas ao Teste de Integridade, em Pernambuco.