A atriz Amber Heard vai recorrer da decisão de condenação no processo de difamação movida pelo ator Johnny Depp, informou a advogada da atriz, Elaine Bredehoft, durante o programa de TV “The Today Show”, nos Estados Unidos, nesta quinta-feira (2).
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Casados entre 2015 e 2017, Depp e Amber se processavam mutuamente por difamação: ele alegava que a atriz o difamou em um artigo do jornal “The Washington Post” sobre abuso doméstico publicado em 2018; ela, por sua vez, disse ter sido difamada por um antigo advogado do ator.
Na quarta-feira (1º), o júri considerou que a atriz deveria pagar US$ 15 milhões ao ex-marido, valor que foi reduzido para US$ 10,35 milhões, em razão de limites legais da Virgínia. Depp também foi condenado, e deve pagar à ex-mulher US$ 2 milhões.
Elaine Charlson Bredehoft — Foto: Reprodução/Twitter/’The Today Show’
Na entrevista, Elaine disse que a equipe jurídica de Depp trabalhou para “demonizar” Amber no tribunal. Ela lembra do resultado de 2020, no Reino Unido, no qual Depp perdeu o processo por difamação contra o tabloide The Sun, que o chamou de “espancador de esposas”.
“O tribunal decidiu lá, e não fomos autorizados a dizer isso ao júri, mas o tribunal achou que Depp havia cometido pelo menos 12 atos de violência doméstica, incluindo violência sexual contra Amber”, disse Bredehoft durante a entrevista. “Então, o que a equipe de Depp aprendeu com isso? ‘Demonizar’ Amber e suprimir as evidências.”
“Tínhamos uma enorme quantidade de evidências que foram excluídas neste caso e que estava no caso do Reino Unido. No caso do Reino Unido, quando chegou, Amber venceu, Depp perdeu”, completou.
A advogada também falou sobre a influência das redes sociais no julgamento. De acordo com ela, as manifestações nas plataformas tiveram efeito sobre o caso, ainda que os jurados tenham sido instruídos a não procurar nas redes sociais.