Um homem de 29 anos, acusado de assassinar a companheira e esconder o corpo em uma geladeria em Bragança Paulista, já foi transferido a São Paulo.
Ele chegou ao Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU) na noite de ontem (02) e seguiu para o Plantão Central da Polícia Civil onde prestou depoimento. Na sequência, ele foi encaminhado para a cadeia pública de Piracaia.
O acusado estava foragido da Justiça paulista desde que o corpo de Camila Araújo dos Santos, de 28 anos, foi localizado em uma trilha na Estrada Municipal Aurélio Frias Fernandes, no bairro do Agudo, em Bragança Paulista (SP) no dia 19 de maio. Camila Araújo havia desaparecido no dia 14 de maio e sua família estava desesperada em busca de seu paradeiro.
Em entrevista à imprensa, as irmãs da jovem disseram que Camila havia se separado recentemente, após um ano de relacionamento, mas que o término tinha ocorrido de forma tranquila. Posteriormente, a jovem tinha iniciado um relacionamento, que aparentemente a levou à morte.
Nas investigações, a Polícia Civil de SP descobriu que o acusado tinha assassinado a companheira com a ajuda da ex-mulher. O delegado Elton Costa, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Bragança Paulista, informou à imprensa local que em depoimento, a ex-mulher do acusado contou que foi coagida pelo ex-marido e obrigada a guardar o corpo de Camila Araújo em sua casa por aproximadamente uma semana. O acusado também teria coagido a ex-esposa a ajudá-lo na fuga.
No dia 25 de maio, o acusado foi localizado em Alagoas e preso pelos policiais da Divisão de Capturas e Custódias Especiais, da Gerência de Recursos Especiais (GRE), comandada pelo delegado Filipe Caldas, no conjunto Santa Maria, no bairro da cidade Universitária, em Maceió.
Entenda o caso
A Polícia Civl de SP acredita que Camila foi assassinada no apartamento de Flávio provavelmente no dia 12 de maio, data em que vez o último contato com a família por áudio no WhatsApp. Depois disso chegou a enviar mensagens de texto, o que não era comum e despertou atenção dos parentes que decidiram registrar um boletim de desaparecimento.
Sem novos contatos, os familiares repercutiram o desaparecimento nas redes sociais. Foi então que no dia 19 de maio, o corpo de Camila foi encontrado sem roupa, abandonado na Estrada Municipal Aurélio Frias Fernandes, no Bairro do Menin.
Depois de assassinar Camila, o acusado teria transportado o corpo dela dentro de uma geladeira para a casa da ex-mulher. Apesar de alegar ter sido coagida, a polícia apurou que a ex do acusado chegou a dizer ao responsável pelo frete, que a geladeira estava pesada demais já que estava cheia de produtos de beleza, que ela vende.
O casal, segundo a polícia, também se livrou de roupas com marcas de sangue e comprou pó de gesso e cal para manter o corpo conservado e evitar mal cheiro. Durante uma semana, o corpo de Camila foi mantido dentro da geladeira ligada até que eles alugaram um carro para se livrar do mesmo.
E foi justamente a partir da identificação da placa deste carro alugado que a polícia chegou aos acusados do crime.
O acusado e a ex estão presos provisoriamente e devem ser indiciados por por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A pena pode ser superior há 30 anos.