O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro deve prorrogar o prazo para concluir o processo ético-disciplinar por quebra de decoro contra o vereador Gabriel Monteiro (PL).
O ex-policial militar e youtuber é investigado por estupro, assédio e por forjar vídeos na internet.
Segundo o relator do processo, o vereador Chico Alencar (Psol), o colegiado vai votar o pedido por um novo prazo para concluir as investigações. A ideia do grupo é conseguir ouvir todas as testemunhas de defesa.
Segundo Chico Alencar, caso o pedido seja aprovado, o processo deve terminar na primeira quinzena de agosto, visto que os vereadores vão entrar em recesso durante todo o mês de julho.
A ideia para o pedido de prorrogação do prazo surgiu depois que os advogados de Gabriel cancelaram o testemunho de Rafael Sorrilha, empresário acusado pelo vereador de tentar forjar provas para incriminá-lo.
Os advogados consideram que as oitivas de outras testemunhas foram suficientes para reforçar a linha de defesa de que houve furto e compartilhamento dos materiais e informações pessoais do vereador, inclusive vídeos íntimos.
No lugar do empresário, os advogados pediram ao Conselho de Ética que ouça o depoimento de Luís Armond, delegado da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes). O delegado é o responsável pela investigação do vazamento do vídeo íntimo do vereador com uma menor de 15 anos.
O Conselho de Ética ainda não deliberou sobre o pedido de substituição da testemunha de defesa.
Depoimentos de defesa
Os vereadores do Conselho de Ética começaram, nesta quinta-feira (9), às 13h30, mais um dia de oitivas do caso Gabriel Monteiro.
Leandro Lima, perito da área criminalista, foi o primeiro depoente a falar. Ele chegou por volta das 13h20.
Em seguida, os membros do conselho ouvem o policial militar Bruno Novaes Assumpção, que também integra a equipe do vereador na Câmara.
As audiências são restritas aos vereadores do conselho e advogados de defesa. Não é permitida a entrada de Gabriel Monteiro para que não haja constrangimentos.