O Corpo de Bombeiros descartou neste sábado (11) que a escavação encontrada às margens do rio Itaquaí, onde o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips foram vistos pela última vez no domingo (5), tenha relação com o desaparecimento dos dois, na Amazônia.
Voluntários haviam comunicado a equipe de buscas, na sexta-feira (10), que tinham encontrado os sinais de escavação.
A princípio, as autoridades acreditavam que os vestígios poderiam indicar que uma embarcação havia sido arrastada pelo local, ou que a escavação teria sido feita para retirar barro e afundar uma lancha, com o objetivo de esconder eventuais provas.
Entretanto, todas as hipóteses foram descartadas pela equipe de investigação. As buscas pelo leito do rio Itaquaí seguirão em andamento.
Pistas
Até o momento, as investigações resultaram na prisão de um homem identificado como Amarildo da Costa de Oliveira, de 41 anos, conhecido como pelado. Na quinta-feira (9) o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decretou a prisão provisória de 30 dias do suspeito.
Segundo a Polícia Civil, testemunhas contaram que no dia em que o indigenista e o jornalista desapareceram, avistaram Amarildo passando no rio logo atrás da embarcação dos dois.
Além disso, peritos detectaram a presença de sangue na embarcação do suspeito. O material será comparado com o material genético dos dois desaparecidos, e o laudo deverá ficar pronto em 30 dias.
Paralelamente, a Polícia Federal apura um material genético “aparentemente humano” localizado no rio próximo ao porto de Atalaia do Norte.