Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que a professora de educação física Bruna Oliveira, de 34 anos, é agredida com socos e puxões de cabelo na rua Roberto da Silveira, no Centro de Petrópolis, na Região Serrana do Rio.
De acordo com a Polícia Civil, o homem sofre de transtornos psiquiátricos e é acompanhado pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da região.
Ao g1, a professora disse que caminhava por volta das 5h50 da manhã, para chegar ao trabalho às 6h quando foi surpreendida por um homem, que a abordou com xingamentos e, em seguida, a agrediu com socos na costas, nuca e puxões de cabelo.
“Eu vi que assim que ele se aproximou, a feição dele mudou. Quando ele parou de bater, ele tentou me levar pro canto, mas eu dei um empurrão nele e ele saiu andando e xingando. A cena é rápida, mas parece que durou uma eternidade”, contou Bruna.
Um segundo homem que aparece no vídeo não teve nenhuma reação. Segundo a vítima, ele disse que não agiu por não saber do que se tratava e que poderia ser “briga de casal”.
Após a violência, o agressor foi contido por vizinhos de um bar próximo ao local da agressão que estava fechando. A vítima voltou para a portaria do prédio onde mora, chamou a mãe e a tia e ligaram para a polícia.
Segundo Bruna, quando a PM chegou, o agressor disse que fazia tratamento psiquiátrico no Caps. Os policiais levaram o homem na viatura para atendimento no setor de Saúde Mental do pronto-socorro. Em seguida, ele foi levado para a delegacia.
A professora também foi atendida na unidade de saúde e chegou a ficar no soro até o meio-dia. Ela foi liberada após os exames, que não apontaram nenhuma lesão mais grave.
Registro na delegacia e agressor internado
Na manhã da quinta-feira (9), a professora fez o registro de ocorrência na delegacia de Itaipava. Após o registro, fez um exame de corpo de delito no Hospital Alcides Carneiro. Agora, ela segue em tratamento com profissionais de saúde mental.
“Eu já faço tratamento contra ansiedade, faço uso de remédios e terapia. Eu estou vindo de muitas crises porque eu perdi minha avó há pouco tempo, ela morreu nos meus braços. Agora estou com medo. Me encolho involuntariamente quando algum homem se aproxima. Mudei minha rotina, não vou e não volto mais a pé do trabalho”, desabafou a professora.
A professora contou que recebeu uma ligação nesta sexta-feira (10) de uma psicóloga do CAPS, informando que o agressor está internado na Clínica Santa Mônica. O g1 entrou em contato com a Prefeitura de Petrópolis para confirmar a informação e aguarda o retorno.
“Eu não sei definir com palavras o que eu senti e sinto. É uma sensação horrível. Eu achei que ele fosse me matar. É um misto de medo, frustração e raiva. Tenho recebido mensagens de pessoas dizendo que vão bater nele, mas eu respondo a todos que violência gera mais violência”, disse Bruna.
A Polícia Civil informou que o homem foi autuado por lesão corporal leve e liberado. A polícia disse que foi apurado que ele sofre de problemas psicológicos, sendo acompanhado pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da região e que não há outros registros na delegacia de violências como esta praticada por ele.