Dois acusados de participar do homicídio do motorista por aplicativo Rayniere Torres Bianchi, de 35 anos, foram condenados, nessa segunda-feira (20). Na ocasião, a vítima desapareceu após aceitar uma corrida no trajeto que iria do Conjunto Santa Maria para o bairro São Jorge.
A investigação realizada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e DEIC, apontou Ewerton do Nascimento Marques e Luan Vitor Bastos da Silva como a dupla como sendo a responsável pela autoria material do homicídio.
Ewerton foi conenado a 19 anos seis meses e nove dias de prisão em regime fechado, além do pagamento correspondente a 122 dias de multa no valor de 1/30 do salário-mínimo vigente no dia em que o assassinato foi registrado. Já para Luan Vitor Bastos da Silva foi fixada pena de 18 anos, seis meses e nove dias de reclusão, igualmente em regime fechado, assim como multa de 100 dias de 1/30 do salário-mínimo.
Na sentença, a juíza Laila Kerckhoff dos Santos, do 2º Tribunal do Júri desta Capital, proferiu a condenação dos dois por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto qualificado, todos estes crimes tipificados no Código Penal Brasileiro. Ewerton ainda foi condenado por corromper ou facilitar a corrupção de menor (Luan era adolescente). Eles ficarão recolhidos no Presídio de Segurança Máxima da capital.
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O crime
A Polícia Civil constatou que Ewerton e Luan planejaram a morte do trabalhador dois dias antes do fato e o motivo seria por que a vítima estaria uma adolescente que seria namorada de Ewerton. Eles foram presos dias depois, durante uma operação deflagrada pela DHPP e pela Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC), coordenada pelos delegados Fábio Costa, Eduardo Mero e Tacyane Ribeiro e confessaram o envolvimento na trama.
“Infelizmente, foi mais uma vítima de violência que era motorista por aplicativo, que continuam sendo alvos de criminosos nos dias atuais. A sensação, após a investigação feita e a condenação proferida, é de dever cumprido. Isso demonstra que a gente faz um trabalho sério, cuidadoso e cauteloso, que leva em consideração as provas coletadas”, destacou o delegado Fábio Costa.
A perícia confirmou que Rayniery foi assassinado por um golpe conhecido por “garrote” que, segundo a polícia, foi dado por Luan com o auxílio de Ewerton.
A DHPP apontou que, em seguida, a dupla ocultou o cadáver no canavial localizado por trás do conjunto Jardim Tropical, Village Campestre II. O corpo do motorista foi encontrado dias depois. O veículo da vítima, de marca Peugeot 207, de placa 0928, foi encontrado um dia após o desaparecimento, no Conjunto Saúde, no bairro Cidade Universitária.