Em depoimento na 73ª DP (Neves), o policial Leonardo de Paiva Barbosa contou como foram os momentos antes de sua mulher, Rhaillayne Oliveira de Mello, 23 anos, que também é PM, atirar e matar a própria irmã em um posto de gasolina em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio na manhã de sábado (2).
Neste domingo (3), Rhaillayne teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
Leonardo contou que a mulher saiu de casa por volta das 20h30 ou 21h para uma festa de família e regressou às 3h para buscar algo no quarto, que suspeita que seja uma pistola. Mais tarde, a mãe de Rhailayne ligou dizendo que a filha tinha discutido com ela e com a irmã e estava nervosa.
O policial contou que procurou a mulher em bares na região e chegou a encontrá-la em um deles e, onde ela estava sozinha e se recusou para ir para casa. Decidiu, então, voltar para casa.
Leonardo conta que posteriormente recebeu uma ligação da irmã, Rayana Melo, dizendo que a Rhailayne estava no posto de gasolina com sinais de embriaguez. Quando ele chegou no posto, as irmãs discutiram, entraram em luta corporal. Ele chegou a conseguir separá-las, mas houve nova briga e Rhailayne atirou e matou na irmã.
Rhaillayne foi presa pelo próprio marido e Rayana Mello morreu no local.
Rhaillayne é policial do 7°BPM e foi encaminhada para a Delegacia de Homicídios de Niterói.
“Elas vieram aqui da outra rua, onde tem vários bares, e elas já estavam discutindo lá. Aqui tem um banheiro e elas vieram aqui para esse banheiro e começaram a discutir, até que aconteceu esse fato lamentável. Só escutei o barulho, muito, muito tiro”, disse Josiane Silva, atendente do posto.
Por volta das 10h, o pai das duas jovens estava no local do crime conversando com os policias. Muito abalado, ele não quis conversar com a imprensa.
O posto de gasolina fica na Rua Francisco Portela, 2.538, para onde o Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 8h. O local é conhecido como ponto de encontro de jovens e adultos, que colocam carro de som e passam a madrugada neste posto.