“Marcelo e Aldo foram criados como irmãos desde os 5 anos de idade. Provavelmente, um foi tentar salvar o outro.” A fala é do policial André Felicioni, cunhado do contador Marcelo Dionísio da Silva, que se afogou no mar de Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco. A outra vítima é Aldo Barros Alves. Os dois tinham 48 anos.
Os dois turistas estavam hospedados no resort de luxo Enotel com a família e entraram no mar no começo da noite da sexta-feira (22). No momento do afogamento, estavam com eles dois adolescentes de 12 e 13 anos. O primeiro a ser resgatado foi Marcelo, que já estava morto.
Horas depois, os salva-vidas tiraram Aldo do mar. Ele foi reanimado, socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Porto de Galinhas, onde morreu.
Os dois homens que morreram eram cunhados. Marcelo veio de Pouso Alegre, em Minas Gerais, e Aldo, de São Paulo. Eles estavam com as esposas e os filhos passando férias no litoral pernambucano.
De acordo com o cunhado de Marcelo, os pais do contador são pernambucanos de Garanhuns, no Agreste. Por causa disso, o velório ocorre na Organização social de Assistência Cristo Redentor, no bairro de São José, neste domingo (24). O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de São João, cidade limítrofe.
O corpo de Aldo deve ser levado para São Paulo, de onde ele veio. Entretanto, a família enfrenta dificuldades com relação ao traslado, já que, no fim de semana, não há expediente dos cartórios.
“Os pais de Marcelo são de Garanhuns. Eles foram para São Paulo, depois voltaram. A mãe dele mora aqui. Ele, mesmo, morava em Pouso Alegre. O Aldo ainda precisa desse trâmite para liberar o traslado, porque em Porto de Galinhas não tem plantão nos cartórios, no fim de semana. A esposa dele e o filho já foram para lá”, afirmou André Felicioni.
Local do afogamento
De acordo com a prefeitura de Ipojuca, os homens entraram no mar após as 17h, quando o turno dos salva-vidas já tinha acabado. Teriam entrado na água “exatamente no local sinalizado com bandeiras vermelhas indicando a proibição para banho e o risco de afogamento”.
No momento do afogamento, eles estavam na companhia de dois sobrinhos, de 12 e 13 anos. Os dois adolescentes conseguiram nadar e sair da correnteza. As esposas dos dois estariam no resort com outras pessoas da família. O grupo teria chegado ao hotel no dia 17 de julho.
O primeiro a ser encontrado foi Marcelo Dionisio, que já estava morto. Aldo Barros Alves só foi achado às 19h50. Ele foi reanimado pelos salva-vidas, bombeiros e equipe de resgate do resort antes de ser socorrido para a UPA.
Segundo André Felicioni, foi um dos adolescentes que indicou aos salva-vidas o local em que os dois homens se afogaram. “As crianças que estavam lá falaram que eles não estavam no local proibido. A água é que foi levando-os para a correnteza, mas entraram no local permitido”, afirmou.