O Barcelona anunciou o acordo com o Sevilla e fechou a contratação de Jules Koundé, cuja incorporação coloca o clube do Barça como aquele que, no momento, mais investiu dinheiro no mercado de transferências, totalizando 153 milhões de euros (cerca de R$ 808,7 milhões na cotação atual) sem contar variáveis.
E o clube ainda tem pendentes as possíveis contratações de César Azpilicueta e Marcos Alonso, dupla do Chelsea. Além disso, os jovens Pablo Torre e Emre Demir não estão no cálculo por formar parte do Barcelona Atlético, equipe filial dirigida por Rafa Márquez.
Se no verão de 2021 seu investimento foi de apenas 16 milhões de euros (14 para Emerson Royal mais 2 entre as transferências de Luuk de Jong e Yusuf Demir, já que tanto Memphis Depay quanto Eric García e Sergio Agüero assinaram com a carta de liberdade), um ano depois o que começou a ser contemplado no último mercado de inverno se confirma: o Barça dominante nos escritórios está de volta.
Em janeiro, com Xavi já no banco depois da demissão de Ronald Koeman, o clube pagou 55 milhões de euros por Ferrán Torres e o jovem atacante do Manchester City foi acompanhado pelas adições de Pierre-Emerick Aubameyang e Dani Alves como agentes livres, além do empréstimo de Adama Traoré.
Em contrapartida, ele havia devolvido Yusuf Demir ao Rapid Wien, além de negociar Emerson Royal para o Tottenham por 25 milhões um mês após sua vinda do Betis.
Recorde
O trabalho nos escritórios do diretor de futebol Mateu Alemany, junto com Jordi Cruyff, tem se destacado nos últimos 14 meses na busca por jogadores que se enquadrem na filosofia do clube, ainda mais imposta com o novo treinador.
E isso levou a este mercado de verão em que ele quebra os esquemas: o Barça, com uma dívida arrastada de 1,5 bilhão (R$ 7,9 bilhões) de euros e grandes problemas em relação ao fair play financeiro imposto por LaLiga, move-se com diligência.
Vendeu ativos no valor de mais de 550 milhões (R$ 2,9 bi) e, embora ainda não tenha resolvido todos os seus problemas e deva aliviar sua força de trabalho, voltou a ser o rei do mercado.
Ele pagou oficialmente ao Leeds United 58 milhões por Raphinha, 45 ao Bayern de Munique por Robert Lewandowski e outros 50 por Koundé ao Sevilla.
A estes três jogadores juntam-se Franck Kessié e Andreas Christensen, que chegaram como agentes livres do Milan e do Chelsea. E ainda se considera que ele poderia investir entre 10 e 15 milhões a mais em Azpilicueta e Marcos Alonso.
Com estes sete jogadores (além do jovem Pablo Torre) Xavi entende que o projeto está perfeitamente consolidado… o que teria sua cereja no topo do bolo, muito improvável, com Bernardo Silva, que ele só estaria disposto a tentar assinar (e por um valor superior aos 80 milhões de euros) no caso de Frenkie de Jong concordar com sua transferência para o Manchester United.
O meio-campista holandês, por enquanto, está relutante em sair e já sabe as condições que o clube quer lhe impor em termos de redução de seu salário…
No momento são esses 153 milhões (que seriam 160 se Pablo Torre e Emre Demir forem incluídos) que deixam para trás os 137,5 gastos pelo Bayern entre Matthijs de Ligt (67), Sadio Mané (32), Mathys Tel (20) e Ryan Gravenberch (18,5), que também foi contratado como agente livre por Noussair Mazraoui.
O pódio é completado pelo Arsenal, que soma 132 milhões de euros em contratações com Gabriel Jesus (52,2), Oleksandr Zinchenko (35), Fabio Vieira (35), Matt Turner (6,3) e Marquinhos (3,5).
Hoje, no verão de 2022, o mercado de transferências tem o Barça de volta. E como protagonista.