Moradores de Água Branca e turistas que visitarem a cidade, nos dias 13 e 14 deste mês, para assistirem ao tradicional Festival de Inverno poderão desfrutar das delícias da culinária afro-brasileira. Trata-se do primeiro Festival de Gastronomia Quilombola, promovido pelo Sebrae Alagoas, em parceria com a Prefeitura de Água Branca, por meio da Secretaria Municipal de Juventude, Cultura, Turismo e Desportos.
Além da comida, os visitantes vão poder assistir as apresentações, como coco de roda e dança afro. A programação ocorrerá no horário das 17h às 22h, no centro da cidade, no Sertão alagoano.
Segundo o gerente adjunto da Agência de Atendimento Integrada do Sebrae em Delmiro Gouveia, Vitor Pereira, o festival terá a participação de representantes de seis quilombos reconhecidos oficialmente no município. Ele informou que, inicialmente, o Sebrae elaborou o mapeamento desses quilombos e realizou visitas técnicas a cada um deles, realizando a orientação técnica referente a produção dos pratos e na formação dos preços.
De acordo com o gerente adjunto, o apoio do Sebrae se concentra em preparar os empreendimentos e dar oportunidade para a geração de negócios. Levando em consideração a regionalidade e a tradição quilombola, foi contratada uma especialista em culinária afro, então, além da feijoada e do acarajé, o público pode aguardar outros pratos
“É um evento inédito, inovador e inclusivo, mantendo a tradição quilombola. O festival busca mostrar todo esse potencial para a população local e principalmente para os turistas que vêm participar do festival de inverno na cidade, que é um grande evento na região”, destacou Vitor Pereira.
Quilombos
Água Branca é o município alagoano com o maior número oficialmente de comunidades reconhecidas como quilombolas – Queimadas, Lagoa das Pedras, Barro Preto, Serra das Viúvas, Cal e Povoado Moreira de Baixo –, onde vivem cerca de 320 famílias.
Os quilombos foram regiões ocupadas por negros fugidos dos engenhos e fazenda durante o período de escravização dos povos vindos da África. Estas regiões serviram como lugares de refúgio e resistência ao sistema escravagista.