A taxa de desocupação apresentou queda em 22 unidades da federação no 2º trimestre de 2022, em comparação os primeiros três meses do ano, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice nacional de desemprego caiu de 11,1% para 9,3% no período. Outros cinco estados registraram estabilidade. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, divulgada nesta sexta-feira, 12. Em comparação com o 2º trimestre de 2021, todas os 26 estados e o Distrito Federal tiveram queda significativa da taxa de desocupação. O estado do Tocantins registrou o maior recuo do 1º para o 2º tri com uma queda de 9,3% para 5,5% (3,8 pontos percentuais), seguido por Pernambuco, que registrou queda de de 17% para 13,6% (redução de 3,5 pontos). Alagoas, Pará, Piauí e Acre também se destacaram, com quedas de cerca de 3 pontos percentuais nos quatro estados. A pesquisa também revelou que, enquanto as taxas de desocupação das pessoas brancas (7,3%) e de homens (7,5%) ficaram abaixo da média nacional (9,3%), as das mulheres (11,6%) e de pessoas pretas (11,3%) e pardas (10,8%) continuaram as mais altas no 2º trimestre deste ano.
A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, pondera que, apesar da queda generalizada na taxa de desocupação em diversos recortes, a distância entre homens e mulheres ainda é grande. “A queda foi maior entre as mulheres, porém, não foi o suficiente para diminuir a distância entre eles. A taxa das mulheres é 54,7% maior que a dos homens”, afirma a pesquisadora via comunicado divulgado pelo instituto. No recorte por idade, a taxa de desocupação de jovens de 18 a 24 anos foi a que mais recuou. Era de 22,8% no 1º trimestre e caiu para 19,3% no 2º trimestre. Apesar do recuo nos índices, mais de 10,1 milhões de pessoas ainda estão desempregadas no Brasil. Confira abaixo a taxa de desemprego em cada unidade da federação de acordo com o último levantamento do IBGE:
- Bahia: 15,5%
- Pernambuco: 13,6%
- Sergipe: 12,7%
- Rio de Janeiro: 12,6%
- Paraíba: 12,2%
- Rio Grande do Norte: 12%
- Acre: 11,9%
- Distrito Federal: 11,5%
- Amapá: 11,4%
- Alagoas: 11,1%
- Maranhão: 10,8%
- Ceará: 10,4%
- Amazonas: 10,4%
- Piauí: 9,4%
- São Paulo: 9,2%
- Pará: 9,1%
- Espírito Santo: 8%
- Minas Gerais: 7,2%
- Goiás: 6,8%
- Rio Grande do Sul: 6,3%
- Roraima: 6,2%
- Paraná: 6,1%
- Rondônia: 5,8%
- Tocantins: 5,5%
- Mato Grosso do Sul: 5,2%
- Mato Grosso: 4,4%
- Santa Catarina: 3,9%