A Polícia investiga a morte do jovem Phelipe Francisco Lourenço, de 25 anos, registrada após uma festa universitária na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, no sábado (13).
O inquérito deve apurar as causas e as circunstâncias do ocorrido. A organização do evento informou que a situação aconteceu em uma área de acesso proibido ao público, após o término da festa, e que equipes de socorro atenderam o jovem.
Phelipe chegou a ser encaminhado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu.
Como aconteceu:
Phelipe Lourenço, segundo a polícia, participou de uma festa universitária na Pedreira Paulo Leminski na noite de sábado.
Os organizadores do evento relataram, em nota, que as câmeras de monitoramento do local apontaram que, após o fim da festa e saída total do público, o jovem retornou à pedreira.
Ele, de acordo com a organização, pulou um muro lateral externo e se dirigiu a uma área de acesso restrito, que faz divisa com a Ópera de Arame, “local onde ocorreu a queda”.
Seguranças encontraram o jovem caído no lago da Ópera de Arame, que fica ao lado da pedreira, ainda segundo a nota.
A organização do evento informou ainda que, “nas imagens não foram encontrados sinais de confronto ou agressão contra o jovem”. O caso foi tratado como um acidente pela organização do evento.
Segundo os organizadores, nas imagens não foram encontrados sinais de confronto ou agressão contra o jovem.
Morte do jovem:
Conforme informado pela Polícia Civil, a vítima foi atendida e encaminhada em uma ambulância para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da capital.
A Prefeitura de Curitiba disse que a vítima chegou sem vida à unidade de saúde.
A organização da festa disse que os socorristas prestaram os atendimentos emergenciais e deslocaram o jovem, ainda em vida, até o hospital mais próximo, por meio da ambulância presente no local.
Família registrou Boletim de Ocorrência:
Após a morte, familiares de Phelipe registraram Boletim de Ocorrência (B.O.) junto à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da capital.
No documento, um irmão de Phelipe relatou que por volta das 23h de sábado, a vítima saiu da festa na Pedreira Paulo Leminski e que, em um determinado momento, não foi mais visto pelos amigos que o acompanhavam.
O irmão afirmou à polícia que, depois, tomou conhecimento de que Phelipe havia sido socorrido pelo Samu e encaminhado à UPA do bairro Boa Vista.
Ainda no registro do boletim, o irmão disse que um diagnóstico provisório dado pelo médico apontava que o jovem apresentou parada cardíaca não especificada e morreu no hospital.
Phelipe, de acordo com o relato do irmão, apresentava hematomas em membros e pescoço “que sugerem morte violenta” e, por isso, solicitou o registro do B.O.
Elisabeth Guerra, mãe do jovem, disse que a família ainda tenta entender o que aconteceu e pediu uma apuração cuidadosa no caso.
“Quero justiça. Quero saber o que aconteceu. Preciso saber. Preciso ver essas câmeras, preciso saber o que aconteceu”, afirmou Elisabeth.
Protesto
Familiares e amigos do jovem protestaram contra a morte do rapaz. A manifestação começou pacífica mas terminou em confusão. O grupo queimou pneu e quebrou vidraças de uma loja, que precisou ser protegida com tapumes.
Depois do caso, a Ópera de Arame foi fechada.
A organização do evento também afirmou que não mede esforços “para contribuir com a elucidação dos fatos juntos as autoridades policiais e familiares”.