MP pede investigação sobre ação de PMs filmados imobilizando grávida

Pelas imagens, é possível ver a jovem sendo derrubada e colocada de barriga no chão por três militares. A ação foi filmada por testemunhas

A Promotoria de Justiça Militar, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), vai requisitar à Polícia Militar do DF (PMDF) que abra investigação sobre a conduta dos policiais flagrados ao derrubar e imobilizar uma adolescente grávida, de 16 anos, na madrugada dessa segunda-feira (22), durante uma confusão no Riacho Fundo 1.

Tudo começou depois de um evento que seria realizado naquela noite ser cancelado e parte do público pedir o reembolso do ingresso. A ação foi filmada por populares que circulavam pelo local.

Pelas imagens, é possível ver a jovem sendo derrubada e colocada de barriga no chão por três militares. Depois de ser contida, um dos policiais a imobiliza. Em nota, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou que a jovem “desferiu vários xingamentos” contra os policiais. O caso foi revelado pelo portal G1DF.

Ao G1DF a jovem disse que quase desmaiou. “Pensei que eu ia morrer, porque ele [policial] estava me pegando tão forte com o joelho, que acho que se ele tivesse ficado mais três segundos, eu tinha desmaiado. Estava ficando sem ar, não estava aguentando respirar”, afirmou ao portal.

De acordo com os militares, a adolescente se virou para os policiais e desferiu vários xingamentos. Ela recebeu voz de prisão e foi encaminhada à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). Veja nota na íntegra:

“A Polícia Militar realizava policiamento no Evento Circuito do Cerrado de Rodeio, quando o locutor anunciou que não haveria mais rodeio. Neste momento, as pessoas começaram a deixar o local, porém, algumas permaneceram em frente à bilheteria. Essas pessoas começaram a reivindicar o dinheiro de volta e com a força que empregavam nos portões, acabaram derrubando.

A PMDF se deslocou ao local, onde havia mulheres e crianças e tentou restabelecer a ordem, bem como para que ninguém fosse ferido. A ordem foi desobedecida, dentre as pessoas envolvida, e uma jovem se virou para os policiais e desferiu vários xingamentos chamando pelo nome e dizendo ser um “policialzinho de merda”, “filho da puta”, “corno”, “safado”, entre outros xingamentos com palavras obscenas, ao mesmo tempo em que tentava agredir com socos e pontapés.

Foi dado voz de apreensão à adolescente, onde houve resistência, reagindo ainda com mais golpes de socos, pontapés e xingamentos, sendo necessário utilização da força necessária para conter a adolescente. Para encerrar a situação de tumulto, foi solicitado apoio policial em outras áreas tamanho a dificuldade. A adolescente foi conduzida à DCA”

 

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