Polícia prende suspeito de jogar ex de ponte após fim de relacionamento

Prisão ocorreu nesta quarta-feira (24), nove dias depois do caso. Vítima sofreu fraturas na coluna e precisou passar por cirurgia.

Menina caiu de ponte no residencial Parque São Bento, em Campinas — Foto: Wesley Justino/EPTV

O jovem de 18 anos suspeito de arremessar a ex-namorada, de 16 anos, de uma ponte de cerca de quatro metros de altura em Campinas (SP) foi preso nesta quarta-feira (24), nove dias depois do caso. O suspeito nega o crime e afirma que a vítima escorregou do local.

A 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) investigava o caso desde a data e obteve um mandado de prisão preventiva contra o suspeito por tentativa de feminicídio. A vítima sofreu fraturas e precisou ser internada no hospital da PUC-Campinas.

Segundo a polícia, no dia 15 deste mês, Wellington Pinheiro abordou a adolescente com uma faca no residencial Parque São Bento e ameaçou jogá-la da ponte caso não reatasse o namoro.

Segundo o boletim de ocorrência, ao se recusar a voltar, a vítima foi jogada da ponte pelo ex-namorado, que em seguida acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Aos socorristas, o suspeito alegou que a menina havia escorregado e caído sentada.

A EPTV, afiliada da TV Globo, ouviu o suspeito nesta quarta-feira. Ele nega as acusações e afirma que a adolescente que o procurou para reatar o namoro, mas ele não quis. Ela, então, teria ameaçado se jogar da ponte e escorregou da estrutura.

O rapaz foi localizado na casa de um parente na Vila Vitória. Ele defende que não fugiu, mas ficou na casa de familiares por medo da repercussão do caso e por ter recebido ameaça.

Após a prisão, ele foi levado para a 2ª DDM, onde prestou depoimento. Em seguida, foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), de onde seguiria para uma cadeia pública.

Delegado assistente da 2ª DDM, Mateus Rocha afirma que a adolescente registrou um boletim de ocorrência contra o ex-namorado por ameaça. Na época, ele era menor de idade.

“Então o caso era tratado como ato infracional, e não como crime. Então ele respondia nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, disse o delegado.

Segundo a Polícia Civil, a vítima relatou aos médicos que não sentia as pernas e precisou passar por cirurgia. Ela segue internada até esta publicação.

Fraturas e cirurgia
A adolescente foi socorrida pelo Samu com dores nas pernas, quadril e coluna e levada ao Hospital PUC-Campinas.

No dia seguinte ao caso, o hospital informou que a menina sofreu fraturas na coluna, passou por exames, e que a equipe médica avaliaria a necessidade de cirurgia. O quadro de saúde dela era considerado estável.

Desde então, a unidade parou de atualizar o estado clínico da vítima, sob alegação de que a interrupção na divulgação foi um pedido da família.

Fonte: g1

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