O Serviço Geológico do Brasil divulgou, nesta quarta-feira (24), o relatório de Avaliação Técnica Pós-Desastre, realizado por pesquisadores do órgão e por técnicos da Prefeitura de Pilar. As áreas afetadas por rachaduras foram vistoriadas nos últimos dias 09 e 10 de agosto.
O documento aponta que as áreas enfrentam um fenômeno caracterizado pelo movimento de massa lento e que pode ocorrer de forma constante, sazonal ou intermitente. Como consequência, o rastejo pode promover destruição nas construções. Das áreas vistoriadas no município, foram identificadas três áreas com risco geológico, classificadas como grau de risco muito alto de rastejo, abragendo 13 imóveis.
O relatório, organizado pelo pesquisador em Geociências do SGB-CPRM, Gilmar Pauli Dias, analisou áreas ocupadas em que há presença de casas e estabelecimentos que foram atingidas ou que apresentam risco iminente de serem afetadas por deslizamentos, fluxo de detritos, quedas de blocos de rocha, enxurrada, inundação ou enchente.
Classificadas como grau de risco muito alto, as áreas apresentam: muros tombados, árvores inclinadas e rachaduras em imóveis. Além disso, foram identificadas trincas no solo contínuas e prolongadas, algumas vezes evoluídas a degraus de abatimentos, caracterizando o processo de rastejo.
Para evitar esse tipo de ocorrência, o documento recomenda que o município promova estudos geotécnicos e hidrológicos, cuja finalidade é dar embasamento para projetos de estabilização do solo.
Outra recomendação é que seja realizada a adequação do sistema de drenagem pluvial e de esgoto, para evitar que o fluxo seja direcionado sobre o terreno instável. Além disso, o relatório indica a importância de um monitoramento contínuo das regiões afetadas – incluindo as localidades de risco médio – para que seja identificado, com antecedência, o desenvolvimento do problema.