Um casal foi ameaçado por um policial militar armado, na MG-030, altura de Nova Lima, na Grande BH, neste sábado (27). Ele cobrava uma dívida da venda de um cavalo. De acordo com as vítimas, o agente “fechou” o carro da família na rodovia e iniciou a discussão.
Em um vídeo, gravado pela esposa do motorista do carro, é possível ver que o sargento Clayton Simões cobrou uma dívida. Em seguida, o policial foi até o carro dele e pegou uma pistola. Ele voltou a brigar e disse:
“Você vai me pagar, você vai me pagar, senão eu te mato, vagabundo”.
Por conta da briga, motoristas que passavam pela rodovia chamaram a Polícia Militar (PM). Em um trecho do vídeo, é possível ver que o policial que fez as ameaças conversou com uma pessoa que passava pela MG-030.
Homem ferido
No final da tarde de sábado (27), tanto a família do motorista como o policial militar foram para a 2ª Delegacia de Polícia Civil de Nova Lima.
No boletim de ocorrência, os agentes descrevem as imagens do vídeo e acrescentam que o motorista do carro estava com cortes na boca e hematomas no rosto. Eles apontam que os machucados podem ser consequência dos tapas e socos que o policial deu no homem.
Ainda segundo a polícia, o sargento estava com um carregador de arma e com 18 balas de revólver. A Corregedoria da Polícia Militar acompanhou o registro do caso.
A Polícia Civil informou que a pistola que estava com o sargento foi apreendida. Ela era de uso pessoal.
“Sobre os fatos, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) lavrou o Termo Circunstanciado de Ocorrência pelo crime de ameaça. O Policial Militar foi liberado mediante assinatura do Termo de comparecimento ao Juizado Especial Criminal. As circunstâncias do fato estão sendo apuradas”, diz a nota.
O g1 procurou a Polícia Militar que informou que a Corregedoria da Instituição acompanha o fato.
“Tratar-se de ocorrência envolvendo policial fora do horário de serviço, o que caracteriza crime comum e não crime militar”, conclui a nota enviada pela Corporação.
A PMMG esclarece, ainda, tratar-se de ocorrência envolvendo policial fora do horário de serviço, o que caracteriza crime comum e não crime militar.
O sargento também foi procurado, mas ainda não respondeu.