Gabriel Monteiro tem candidatura barrada pelo TRE após cassação por quebra de decoro

Gabriel Monteiro

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O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) indeferiu a candidatura do ex-vereador Gabriel Monteiro (PL) à Camara dos Deputados por 6 votos a 1. O ex-PM e youtuber era visto como potencial puxador de votos para o partido do presidente Jair Bolsonaro, mas ficou pendurado judicialmente após ser cassado pela Câmara de Vereadores do Rio.

“A Justiça Eleitoral do Rio fez a sua parte, impedindo que Gabriel Monteiro fosse candidato nesta eleição, assim como o Legislativo carioca já tinha feito a sua. Candidato vem de “cândido” e trata-se de um postulante com posturas comprovadas que ofendem a dignidade humana, abusando de crianças, morador em situação de rua e mulheres em condição vulnerável”, disse o vereador Chico Alencar, relator do processo de cassação.

O mandato de Monteiro como vereador foi cassado por quebra de decoro parlamentar após a revelação de acusações de estupro, assédio sexual e vídeos forjados para a internet. Apesar disso, como a cassação foi após o prazo para registro de candidatura, o youtuber conseguiu efetivar o registro com toda documentação necessária.

Agora, ele pode até recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas fica impedido, desde já, de fazer propaganda no horário de rádio e TV e de usar recursos do fundo eleitoral.

“O TSE dificilmente acolherá algum recurso, pois o caso é por demais escandaloso. Aguarda-se agora o avanço dos processos criminais curso nos quais o ex-vereador é réu. Pelo bem da democracia, pelo direito das pessoas ofendidas e maltratadas”, concluiu Chico.

O Ministério Público Eleitoral já havia indicado no pedido ao TRE a posição firme de que a candidatura de Monteiro já nascia morta.

“Diante da inviável, inválida e natimorta candidatura do aludido candidato, a Procuradoria Regional Eleitoral ante a não formulação de pedido de tutela provisória feita pela parte autoral, considera que se aplica ao presente caso o deferimento do presente pedido de tutela”, afirmou a procuradora Neide Cardoso de Oliveira.

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