A Polícia Civil está investigando se a morte de um cão da raça Shih-tzu está relacionada a ingestão de petiscos contaminados. A tutora decidiu procurar o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) do Pilar, na região metropolitana, após ver notícias de mortes de animais em outros estados do Brasil.
O animal, chamado carinhosamente de chocolate, de um ano e morreu no dia 28 de agosto, mas o caso só foi denunciado na última sexta-feira (02), quando casos de mortes em Minas Gerais (MG) e em São Paulo (SP) vieram à tona, causados possivelmente por um componente químico presente em alguns lotes das marcas de petiscos que ela costumava comprar para o pet.
“Ele começou a comer os petiscos no dia 15 de agosto, quatro dias depois ele começou a vomitar. Depois do vômito, levei imediatamente ao veterinário para que fosse examinado, mas não houve melhora. Voltei outras vezes para que ele fizesse exames, quando foram verificadas alterações nos rins e no fígado, além de uma anemia. Depois, ele precisou de uma transfusão de sangue e, em seguida, foi para a UTI, mas não resistiu e faleceu no dia 28”, contou a tutora.
Ainda de acordo com a proprietária do pet, foram 13 dias de angústia e mais de R$10 mil investidos para tentar salvar o animal.
A mulher também apresentou ao delegado Ronilson Medeiros, responsável pelo caso, a embalagem e um dos petiscos ingeridos por Chocolate. “Ela trouxe a embalagem dos petiscos ingeridos pelo cão, que são da mesma marca dos ingeridos pelos animais que morreram por intoxicação em Minas e São Paulo. No entanto, o lote vendido aqui em Alagoas e comprado pela tutora não está dentro destes divulgados como contaminados pelas empresas. De qualquer forma, os produtos serão analisados pelo Instituto de Criminalística e em 15 dias teremos uma resposta”, explicou o delegado.
O delegado destacou que casos de mortes de animais por ingestão de rações ou petiscos da marca, devem ser denunciados à Polícia para que possam ser investigados.
Mortes de cães no Brasil – Os relatos de mortes, supostamente causadas pela ingestão de petiscos, seguem aumentando em todo o Brasil. Na última sexta-feira (02), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou o recolhimento dos lotes de produtos das empresas investigadas em todo o território nacional.