Os 45,2 mil brasileiros aptos a votar em Lisboa, em Portugal, enfrentaram uma longa fila para à cabine de votação na Faculdade de Direito da Universidade. Julia Mendes, de 36 anos, programadora de informática que mora na capital lusitana há 6 anos, relatou sua experiência ao Metrópoles.
Ela chegou ao local de votação por volta de 12h (horário de Lisboa) para votar. “Tinha um esquema de segurança na entrada, com uns 10 a 15 policiais portugueses, como se fosse a Polícia Militar [Polícia de Segurança Pública] de lá”, disse.
De acordo com Júlia, a fila dava cinco voltas em um pequeno quarteirão. “A imprensa daqui disse que equivalia a mais ou menos quilômetro”, explicou. “Teve gente que esperou quatro ou cinco horas para votar. Um absurdo para segundos de votação, já que aqui só escolhemos presidente”, afirmou.
“Eu atribuo esse caos aos policiais portugueses mesmo. Lá fora, o tratamento da polícia era muito ruim com os brasileiros. Eles nos chamavam de ‘essas pessoas’ e só mandavam esperar. Já lá dentro era diferente, havia muita organização, quem não sabia sua seção, descobria rápido e votava logo”, disse.