A Justiça alagoana negou o pedido de liberdade para o tenente da Polícia Militar, preso no dia 24 de agosto durante a Operação Rastro, deflagrada pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL) para combater o tráfico de drogas e comércio ilegal de armas em Maceió.
A Assessoria de Comunicação do TJ confirmou que a decisão da 17ª Vara no sentido de manter a prisão temporária é da última terça-feira, 04, . Disse ainda que não pode passar informações do caso, pois este corre em sigilo.
Já é a segunda vez que o pedido de liberdade do militar é negado pela Justiça. No dia 08 de setembro, o desembargador José Carlos Malta Marques já havia negado o pedido da defesa, afirmando que informações colhidas no WhatsApp denotam participação do acusado em uma possível organização criminosa destinada ao tráfico de drogas, associação para o tráfico, fabricação e comercialização de armas de fogo, “funcionando o agente, ainda, como uma espécie de proteção policial para a citada articulação delitiva”, diz um trecho da decisão do dia 08 de setembro.
Em contato com a defesa do PM, o Alagoas 24horas foi informado que ele permanece preso na Academia da Polícia Militar, no Trapiche, mas que mais informações sobre o caso não serão repassadas à imprensa por se tratar de um processo que corre em sigilo.
Além do tenente, uma cabo da Polícia Militar e o marido dela também foram presos na operação. Porém, um dia depois da prisão, a cabo teve a prisão convertida em domiciliar e o marido dela recebeu liberdade provisória. RELEMBRE AQUI.
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A operação – A Operação rastro, realizada de forma conjunta entre a Polícia Civil e o Ministério Público de Alagoas (MPAL), foi deflagrada para combater o tráfico de drogas e comércio de armas. Foram expedidos 19 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão. Os alvos se concentraram, sobretudo, na região do Canaã e haviam se preparado para expandir o comércio ilegal de entorpecentes e armas para diversos outros bairros.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, os suspeitos já haviam se preparado para expandir o comércio ilegal de entorpecentes e armas para diversos outros bairros da capital. Até o momento, foram identificadas 19 pessoas, todas envolvidas nos mais variados crimes, contendo inclusive indivíduos de dentro do sistema prisional e reeducandos que já haviam sido postos em liberdade.
O nome de rastro foi escolhido em decorrência da organização criminosa ser extremamente cuidadosa e deixar apenas pequenos vestígios de informações. Participaram da operação policiais militares do Bope e da Rotam, além de agentes do Tigre e da Dnarc, especializadas da Polícia Civil de Alagoas.