Alunos da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) realizaram uma manifestação, no Campus A.C. Simões, na Cidade Universitária, em Maceió.
Os manifestantes estavam protestando contra o contingenciamento de verbas destinadas pelo Ministério da Educação (MEC) às universidades e institutos federais, atingindo assim a UFAL e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal).
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Através do perfil oficial da UFAL no Instagram, o reitor da universidade, Josealdo Tonholo, lamentou o contingenciamento de R$ 4,8 milhões.
“Nossa equipe está trabalhando o orçamento e verificando cada contrato para ver o que teremos condições de pagar e soltaremos uma nota técnica. Esperamos contar com o apoio da bancada federal e que assumam a bandeira da nossa universidade, que é o maior vetor de desenvolvimento de Alagoas”, afirmou Tonholo.
O reitor explicou ainda que o funcionamento da UFAL não corre riscos de sofrer algum tipo de alteração neste ano.
“Esse ano, a Universidade vai continuar funcionando com toda a sua energia, a gente vai conseguir acabar esse semestre letivo, mas, para o ano que vem, eu não sei nem se a gente consegue começar o ano, porque as contas vão estar em aberto e eu não sei quais fornecedores vão sobreviver a esse calote coletivo que o governo federal está nos obrigando a fazer”, esclarece o reitor Josealdo Tonholo.
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O decreto determinando o contingenciamento foi assinado na última sexta-feira (30 de setembro) pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Esta alteração representa um total de R$ 763 milhões retirados das universidades e institutos federais somente neste ano, segundo cálculos da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
Devido à repercussão, o ministro da Educação, Victor Godoy, se manifestou dizendo que não há motivos para acreditar que a ação represente um corte e que os valores têm previsão de liberação em dezembro.