Um casal de Manhuaçu, na Zona da Mata mineira, acionou a Justiça contra um hospital da cidade depois que a filha sofreu um corte no rosto durante a cesárea e precisou levar cinco pontos. O caso aconteceu em junho deste ano. O bebê, atualmente com pouco mais de 3 meses, ficou com uma cicatriz na bochecha.
O pai da criança, o empreendedor Maycown Jhonnatan Cerqueira Baia, de 29 anos, contou que os médicos tentaram fazer o parto normal, mas disseram que não seria possível e optaram pela cesárea.
“Fiquei do lado de fora esperando e, quando deixaram eu entrar, já estavam fazendo a cirurgia. Depois do parto, vi um corte bem aberto no rosto da minha filha”, falou.
Maycown perguntou ao médico se aquilo era normal, e o profissional respondeu que sim e que acontecia em alguns casos.
“Comecei a chorar, fiquei triste. Um médico pediatra fez uma suturação mais grosseira, os pontos ficaram muito feios”, disse.
Maycown chamou a Polícia Militar (PM) e registrou uma reclamação na ouvidoria do hospital.
Segundo ele, em menos de 48 horas, ainda na unidade, a equipe médica decidiu tirar os pontos e apenas cobriu o ferimento no rosto da criança com um esparadrapo.
“Ela ficava sentindo dor, chorando quando bocejava. Deram alta para a gente sem passar pomada nem nada. Tive que levar em um cirurgião plástico particular, que indicou uma pomada e nos orientou a deixá-la sem tomar sol por pelo menos dois anos”, contou o pai.
Cicatriz no rosto de bebê que sofreu corte durante cesárea, em Manhuaçu — Foto: Arquivo pessoal
A família entrou com uma ação contra o hospital.
“Foi muito difícil. Toda hora que a gente olha para a nossa filha, vê a cicatriz e lembra do que aconteceu, fica chateado. Afetou muito a gente”, lamentou.
O g1 Minas procurou o Hospital César Leite, responsável pelo parto, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.