A Justiça alagoana negou o pedido de liberdade provisória do homem identificado pelas iniciais J.M.G.A., apontado como um dos acusados de participação no assassinato do auditor fiscal, João Assis Pinto Neto. A decisão é do juiz Geraldo Cavalcante Amorim e foi publicada no Diário Oficial dessa quinta-feira (13).
A defesa pediu a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, argumentando que o acusado tem condições pessoais favoráveis, como primariedade e o fato de não ter antecedentes criminais, a Justiça, porém, considerou que o suspeito agiu de forma fria e cruel, e, assim, representa uma ameaça à ordem pública.
“(…) ações delituosas que supostamente tiveram participação do acusado e que demonstram, em tese, frieza e crueldade, além de grave violação à ordem pública, não havendo, até então, fato superveniente capaz de modificar a situação de perigo gerado com a liberdade do réu”, diz um trecho da decisão.
O juiz considerou ainda que as medidas cautelares seriam insuficientes e destacou que, caso posto em liberdade, poderia encontrar os mesmos estímulos que o levaram a cometer o crime.
“Sendo assim, mostram-se insuficientes as medidas cautelares para a mitigação do risco à ordem pública, sendo necessária a manutenção da prisão preventiva do réu, até porque, caso posto em liberdade, encontrará os mesmos estímulos que, em tese, levaram-no a delinquir. Portanto, em face de todo o exposto, MANTENHO A PRISÃO PREVENTIVA”, conclui o magistrado.
O crime – O auditor fiscal João Assis Neto foi assassinado no dia 26 de agosto e teve o corpo encontrado carbonizado em um trecho da Avenida Cachoeira do Meirim, no Benedito Bentes. O carro de João foi achado momentos depois em outra localização, no mesmo bairro.
O primeiro suspeito de participar do homicídio foi preso no dia seguinte ao crime – 27 de agosto. A prisão ocorreu após a polícia encontrar, no celular da vítima, fotos do estabelecimento comercial. A segunda prisão foi a da mãe dos acusados, no dia 29.
Na tarde daquele mesmo dia, o irmão do primeiro suspeito foi preso após se apresentar à polícia. A quarta prisão, no dia 1º de setembro, foi de mais um irmão, que estava foragido.
A quinta e última prisão, até o momento, ocorrida no dia 04 de setembro, no bairro Rio Novo, foi de um homem que era funcionário do grupo familiar. Em depoimento, ele teria afirmado que participou apenas da ocultação do cadáver do auditor. A Polícia Civil sustenta, porém, que ele participou do crime e também da ocultação e que seria, inclusive, o responsável por planejar todo o crime.
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