A família de Genivaldo de Jesus Santos, morto por asfixia após uma abordagem em Sergipe, se diz aliviada com a prisão dos três policiais rodoviários federais nessa sexta-feira (14/10). William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento, que colocaram Genivaldo no cubículo da viatura e jogaram gás lacrimogêneo no compartimento, provocando a morte da vítima, foram levados ao Presídio Militar do Estado de Sergipe no final da tarde.
“Tá sendo uma emoção muito grande saber que a justiça está sendo feita pela morte do meu marido. Eles começaram a pagar pelo crime que cometeram”, disse a viúva de Genivaldo, Fabiana Santos, de acordo com reportagem do G1.
Na segunda-feira (10/10), o Ministério Público Federal de Sergipe denunciou os três acusados com base no inquérito da PF, que indiciou os agentes por abuso de autoridade e homicídio qualificado (com asfixia e sem possibilitar meios de defesa). No documento, o MPF também pede que o caso tramite sem sigilo.
O juiz Rafael Soares Souza, da Justiça Federal, decretou a prisão preventiva — quando não há prazo para soltura — dos policiais na quinta-feira (13/10), após eles se apresentarem.
Os acusados passaram por exame de corpo de delito e audiência de custódia e, de lá, foram encaminhados à unidade prisional. A defesa dos policiais informou que vai entrar com medidas para reverter a decisão.
Genivaldo morreu durante uma abordagem de policiais rodoviários federais na BR-101, em Umbaúba (SE), no dia 25 de maio deste ano, depois de ter sido trancado no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal e submetido à inalação de gás lacrimogêneo.