O Ministério Público de Alagoas (MP/AL) ofereceu denúncia contra os cinco envolvidos na morte do auditor fiscal João Assis Pinto Neto e pediu pena máxima para os acusados.
A denúncia foi assinada pela promotora de Justiça Adilza Freitas, titular da 42ª Promotoria de Justiça com atuação no 3º Tribunal do Júri da Capital em desfavor dos irmãos identificados pelas iniciais R.G.A. e R.G.A.S, além da mãe dos suspeitos, M.S.G.M., do irmão mais novo J.M.G.A. e o funcionário V.R.A.S., os três últimos considerados participes na execução.
Segundo a denúncia, os dois irmãos mais velhos foram os responsáveis pela sessão de violência a qual foi submetida à vítima, executada por meio cruel, que ocasionou uma multiplicidade de lesões.
Embasada no inquérito policial onde os depoimentos minuciam o ato covarde, a promotora de Justiça defende a pena máxima para os assassinos que, de forma individualizada, tiveram participação na execução. Além de buscar condenação por homicídio triplamente qualificado a representante ministerial lutará também que sejam condenados nos crimes conexos, como ocultação de cadáver.
“Foi um crime que chocou a todos pelos requintes de crueldade. A vítima, ao adentrar o estabelecimento, sofreu, por mais de uma hora, sessões de espancamento, apedrejamento, além de ser asfixiada e esfaqueada. Os irmãos Ronaldo e Ricardo com participação direta em toda a violência sofrida pelo senhor João de Assis que nada mais estava a fazer senão cumprindo seu papel de auditor, notificando um comerciante que descumpria suas obrigações fiscais . Então, o Ministério Público defenderá pena máxima com todas as qualificadoras para os autores em busca de uma justiça que amenize a dor dos familiares e que também dê uma resposta à sociedade”, ressalta a promotora Adilza Freitas.
O crime – O auditor fiscal João Assis Neto foi assassinado no dia 26 de agosto e teve o corpo encontrado carbonizado em um trecho da Avenida Cachoeira do Meirim, no Benedito Bentes. O carro de João foi achado momentos depois em outra localização, no mesmo bairro.
O primeiro suspeito de participar do homicídio foi preso no dia seguinte ao crime – 27 de agosto. A prisão ocorreu após a polícia encontrar, no celular da vítima, fotos do estabelecimento comercial. A segunda prisão foi a da mãe dos acusados, no dia 29.
Na tarde daquele mesmo dia, o irmão do primeiro suspeito foi preso após se apresentar à polícia. A quarta prisão, no dia 1º de setembro, foi de mais um irmão, que estava foragido.
A quinta e última prisão, até o momento, ocorrida no dia 04 de setembro, no bairro Rio Novo, foi de um homem que era funcionário do grupo familiar. Em depoimento, ele teria afirmado que participou apenas da ocultação do cadáver do auditor. A Polícia Civil sustenta, porém, que ele participou do crime e também da ocultação e que seria, inclusive, o responsável por planejar todo o crime.
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