A Polícia Civil começou, nesta terça-feira (18), a ouvir as testemunhas do caso da jovem de 20 anos, Maria Vitória Vieira dos Santos, que foi brutalmente espancada pelo namorado no município de Capela, no interior de Alagoas. O delegado responsável pelo caso, Gustavo Pires, informou ao Alagoas 24horas que o inquérito está sendo conduzido como tentativa de feminicídio.
À Polícia os familiares relataram as cenas de horror presenciadas na madruga do último sábado (15) e afirmaram que Maria Vitória não rompia o relacionamento por medo. Além disso, contaram que esta não é a primeira vez que o acusado agride a namorada.
“Segundo os familiares, ela era constantemente ameaçada por ele, mas tinha medo de terminar o relacionamento e sofrer represálias”, pontuou Pires.
Ainda de acordo com o delegado, o homem já foi condenado pelos crimes de homicídio e roubo e cumpria pena no regime semiaberto. “Diante das provas colhidas, solicitamos ao juiz de Capela a decretação da prisão para cumprirmos mandado”, concluiu o delegado.
Em entrevista à TV Pajuçara, a avó da vítima, Maria José, pediu justiça. Esta não foi a primeira vez ela é agredida por ele, mas ela tinha medo e dizia que se não fosse ela, ele viria atrás da gente. Queremos justiça. Ninguém se conforma com esse caso. Ele é um monstro.”
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Estado de saúde – Em boletim médico atualizado, o Hospital Geral do estado (HGE) informou que Maria Vitória permanece internada na área vermelha e que seu quadro de saúde é não é considerado grave. Segundo o boletim a jovem sofreu diversas lesões no rosto e perdeu dois dentes. Confira na íntegra:
O Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, informa que a paciente Maria Vitória Vieira dos Santos, de 20 anos, permanece internada na Área Vermelha e seu quadro de saúde continua estável (não é considerado grave). Ela chegou neste domingo (16), às 5h37, com lesão infraorbitária e lesão em região frontozigomática esquerda; fraturas de assoalho de órbita esquerdo e nasal; e perda de dois dentes. É assistida pela equipe multidisciplinar, liderada pelo bucomaxilofacial e pelo neurocirurgião.