À frente do Internacional e ainda sonhando com a possibilidade de conquistar o Campeonato Brasileiro, Mano Menezes contou em entrevista ao programa ‘Bem, Amigos’, do SporTV, que não deveria ter aceitado o convite para dirigir o Palmeiras, no segundo semestre de 2019.
“Não pretendia trabalhar no restante do ano. Em setembro, quando não tinha intenção, o Palmeiras demite o Felipão e o Alexandre Mattos me liga pela 3ª vez para trabalhar com ele”, disse o técnico, que admitiu que não queria trabalhar naquele momento.
“Nas outras duas vezes, eu já tinha dito não [a Mattos]. Como vou dizer, para um dos principais diretores executivos do país, pela 3ª vez, um ‘não’ sem estar trabalhando? Às vezes você fica numa situação… além da importância do clube. Você, mesmo não querendo, vai. Fui. E não deveria ter ido”.
Mano Menezes enfrentou forte rejeição de boa parte da torcida do Palmeiras por ter um passado ligado ao Corinthians, clube com o qual conquistou a Série B, em 2008, o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil, de 2009. Para ele, a falta de sustentação por parte da diretoria foi um fator-chave para que o trabalho não tivesse sucesso.
“Não deveria ter ido porque se não tem sustentação — e aí já não tinha com o Mattos —, se a direção contrata um treinador com o nome que eu tenho e não consegue dar sustentação porque a torcida organizada A, B ou C não quer… Não deveria ter ido”.
“Esse foi o primeiro trabalho curto que se encerrou mais curto do que todos os outros. Depois dali, queria passar e passei um tempo sem trabalhar”, explicou o técnico.
Mano Menezes esteve à frente do Palmeiras por 20 partidas. Ao todo, foram 11 vitórias, cinco empates e apenas quatro derrotas. A passagem dele no clube se encerrou após derrota por 3 a 1 para o Flamengo, no Allianz Parque. Na oportunidade, Alexandre Mattos também deixou o clube após o revés. Naquele ano, o Verdão terminou o ano sem conquistas, mas garantiu uma vaga direta na edição seguinte da Conmebol Libertadores.