Uma adolescente de 15 anos, que está grávida de 7 meses, foi agredida até desmaiar dentro do colégio que estuda em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Desde o dia 15 de setembro, quando a agressão aconteceu, ela não voltou para assistir as aulas no CIEP Jean Baptiste Debret.
Tudo começou quando a agressora importunou a gestante no corredor da escola com frases feias sobre o bebê e seu pai. A estudante devolveu a provocação chamando a outra de corna. Foi então, que a jovem de 18 anos partiu para a agressão.
De acordo com alguns alunos, a agressora deu chutes na barriga e pisou na cabeça da adolescente. Imagens gravadas pelos adolescentes mostram a hora que ela cai desmaiada no chão e outro momento em que é retirada desacordada pela equipe do Samu.
A mãe da vítima estava no trabalho quando recebeu uma ligação da filha mais velha, de 26 anos, para contar o que tinha acontecido. Por volta das 15h, a diretora da escola disse para a mãe que houve uma briga dentro da sala e que a jovem estava envolvida.
Porém, segundo a diretora, ela apenas escorregou e bateu a cabeça. Ela também disse que nenhum funcionário tinha presenciado a briga, mas a estudante foi socorrida por um professor de educação física.
A menina foi encaminhada para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu. Segundo a mãe, a escola informou para os médicos que a gestante teria sofrido um surto psicótico. Uma enfermeira chegou a quase dar medicação para problemas mentais para a menina, mas foi impedida pela mãe, que pediu transferência para a Maternidade Mariana Bulhões, também em Nova Iguaçu.
A vítima sofreu uma equimose na região frontal direita e pequenas escoriações na região infraorbitária direita. Ela ficou internada por um dia e foi liberada. O bebê não foi prejudicado, mas o acompanhamento médico foi redobrado.
Segundo a delegada Bárbara Lomba, o laudo médico não indicou lesão corporal grave.
A agressora segue matriculada na mesma escola e por isso a menina, grávida de 7 meses, teme retornar à escola. Ela está afastada dos estudos há cerca de 35 dias. A direção da escola não se posicionou até o momento.
A Secretaria Estadual de Educação informa que está apurando a situação.
O caso foi registrado na Delegacia da Mulher de São João de Meriti e encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) de Meriti.