A Justiça de Minas Gerais converteu a prisão em flagrante em preventiva do homem, de 32 anos, acusado de matar por espancamento a alagoana Gilmara Ferreira, de 23 anos, durante sexo a três em Patos de Minas (MG).
A defesa do acusado, que era namorado da vítima, havia impetrado com o habeas corpus pedindo liberdade provisória e usando como justificativa supostas irregularidades nos prazos. Segundo o advogado do agressor, Gustavo Virgílio, houve demora de mais de 30 horas para a conclusão do auto de prisão e atraso de mais de 3 dias para a realização da audiência de custódia. Durante o depoimento, o acusado permaneceu em silêncio.
Após apreciar o pedido da defesa, a Justiça decidiu indeferir. Além disso, a juíza Solange de Borba Reimberg converteu a prisão em flagrante em preventiva, destancando a prática de crime de tortura, lesão corporal e homicídio.
Com isso, o agressor irá permanecer preso até o julgamento do caso. “Diante do histórico e especificidades, resta demonstrada a inaptidão ao convívio em sociedade, e, consequentemente, risco à ordem pública”, ressaltou a magistrada.
O rapaz envolvido no ato prestou depoimento à polícia e disse que as agressões foram motivadas por ciúmes. Além disso, contou que pedia para cessar com as agressões, mas era ameaçado pelo acusado. O rapaz disse ainda que chegou a ser agredido pelo acusado e não havia fugido antes do local pelo fato do agressor ter trancado a casa antes do convite para o sexo a três.
Só conseguiu sair da residência em um momento de vacilo do acusado. Assim sendo, fugiu e procurou à polícia para denunciar o caso.
Em entrevista ao portal Uol, o delegado responsável pelo caso Luís Mauro informou que a testemunha contou que a jovem ainda estava viva quando o namorado a levou para o outro quarto. Ele deve ter utilizado ainda uma ferramenta cortante na vítima. Gilmara teria morrido de forma gradual até que seu corpo se esvaziasse do sangue.