A delegada Teíla Rocha, responsável por investigar se o menino de 2 anos e 7 meses, que deu entrada no HGE na última semana, vítima de queimaduras, foi submetido a maus-tratos por parte da mãe e do padrasto, confirmou que deve concluir o inquérito até a próxima sexta-feira (28).
A titular da Delegacia Especial dos Crimes contra Crianças e Adolescentes confirmou ao Alagoas24Horas que tem 10 dias para o procedimento, mas que antes da finalização do prazo poderá responder o que de fato houve com a criança e decicidir se haverá indiciamento.
O menor identificado pelas iniciais A. H. S. A. está internado desde o dia 18, após ser tranferido da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tabuleiro do Martins, com queimaduras e hematomas em diversas partes do corpo, inclusive no ânus.
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Na tarde desta segunda-feira, 24, o HGE atualizou e divulgou boletim médico sobre o estado clínico da criança. Segundo a unidade hospitalar, a criança continua internada no Centro de Tratamento de Queimados e seu estado de saúde segue estável.
O Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, informa que o menor A.H.S.A, de 2 anos, continua internado no Centro de Tratamento de Queimados e seu estado de saúde segue estável. Ele foi admitido na última terça-feira (18), às 18h55, com ferimentos causados por escaldadura (líquido quente). A criança sofreu queimaduras de segundo grau em 11,5% do corpo, nas regiões inguinal, do glúteo, dorso e coxa.
O caso
Na última terça-feira (18), um menor de 2 anos e 7 meses foi internado no Hospital Geral do Estado (HGE), depois de ser transferido da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tabuleiro do Martins com queimaduras e hematomas pelo corpo. O menino teve 11,5% do corpo queimado
Policiais militares da base comunitária do conjunto Osman Loureiro, no bairro do Clima Bom, recebeu denúncias de maus-tratos feitas por populares e acionaram o Conselho Tutelar da 7ª Região. A mãe e o padrasto da criança disseram que o menino teria sofrido um acidente envolvendo água quente em uma panela. O mais chocante é que o suposto acidente doméstico teria acontecido um dia antes e até aquele momento nenhum atendimento médico havia sido fornecido ao menor.
A mãe e o padrasto foram ouvidos pela Polícia. A genitora teria relatado aos militares que havia deixado a criança aos cuidados de seu companheiro e saiu para trabalhar. Quando retornou viu as marcas no corpo do filho.
Padrasto preso
O padrastro do menino, de 22 anos, que não teve a identidade divulgada, foi preso, na manhã da última sexta-feira (21) após representação da Delegacia Especial dos Crimes Contra Crianças e Adolescentes, e aceitação pela 14ª Vara Criminal da Capital.
A Polícia Civil informou que a prisão preventiva foi requerida pelo fato da localização das queimaduras não serem compatíveis com a versão apresentada pelo jovem. Em depoimento, ele negou ter sido o autor das agressões e classifica a situação como um acidente doméstico.
No exame realizado pelo IML foi identificado que o menor apresenta várias lesões por queimadura e algumas lesões contusas, além de algumas cicatrizes antigas. As lesões foram identificadas no tórax anterior, posterior e dorso, pálpebra direita, coxa direita, região glútea esquerda até região perineal, pé direito e teriam sido causadas por cigarro.