Empresário é obrigado a se retratar e pagará cestas básicas por crime eleitoral

Kel Ferreti negou ter cometido o crime e chegou a dizer que foi vítima de Fake News por parte da imprensa alagoana

Após alegar ter sido vítima de Fake News por parte da imprensa alagoana, empresário se retrata por crime eleitoral e pagará um ano de cestas básicas à instituição social.

Kleverton Pinheiro de Oliveira, conhecido como Kel Ferreti, que também é ex-policial militar e influencer, postou, nesta terça-feira (25), um vídeo nas redes sociais em que admite que filmou o seu voto na cabine eleitoral e que por isso pagará as cestas à Associação Família de Anjo, localizada no bairro Benedito Bentes.

“Estou aqui para me retratar porque na eleição fiz uma filmagem, coloquei em um grupo de whatsapp e viralizou e deu aquela maior polêmica. É crime eleitoral, o voto no dia da eleição é sigiloso, nada de levar o celular para filmar em quem você vai votar”, disse o empresário no vídeo.

O vídeo foi postado depois de ele ter firmado transação penal com o Ministério Público Eleitoral. De acordo com o órgão, Ferreti arcará com prestação pecuniária equivalente a 10 cestas básicas, no valor de R$ 100 cada, durante 12 meses, totalizando o valor de R$ 10.800,00, até o dia 5 de cada mês.

Vale lembrar que horas depois do episódio, no dia 2 de outubro, ele postou uma sequência vídeos em suas redes sociais dizendo ter sido vítima de uma “sucessão de Fake News veiculadas na internet”.

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Para o procurador Regional Eleitoral, Antônio Henrique Cadete, o esclarecimento para a população é essencial. “É importante que toda população saiba que o uso de aparelho de celular na cabine de votação, em descumprimento à ordem da Justiça Eleitoral, constitui crime eleitoral. E como crime será tratado pela Justiça. Especialmente considerando a chegada do segundo turno”, comentou Antônio Cadete.

Caso o ex-militar não cumpra os termos acordados na transação penal homologada pela juíza da 1ª zona eleitoral, será dado prosseguimento à ação penal.

A transação penal ocorreu em audiência judicial realizada na tarde desta terça-feira (25), com participação da promotora eleitoral Fernanda Moreira, e homologada pela juíza Maysa Cesário Bezerra.

A transação penal é um instrumento jurídico que pode ser usado diante de crimes de menor potencial ofensivo e visa que o acusado comprometa-se a cumprir pena antecipada de multa ou restrição de direitos (como é o caso de doações, prestação de serviços e outros), enquanto o processo é arquivado.

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