Na audiência de custódia do ex-deputado Roberto Jefferson, preso após atirar contra policiais federais, o promotor representante da Procuradoria-Geral da República (PGR) disse que a instituição negociava com a PF e autoridades a transferência do político para hospital psiquiátrico, sem mencionar exames que justificassem a medida.
Também na audiência, Jefferson voltou a proferir ofensas do mais baixo nível contra a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), a exemplo do que já havia feito na sexta-feira (21).
Participaram da audiência de custódia, além de Jefferson, seus advogados e a PGR, um juiz auxiliar do STF. O magistrado manteve Jefferson preso em prisão comum e não se manifestou sobre hospital psiquiátrico.
Jefferson foi preso no domingo (23). Um primeiro mandado de prisão contra ele, assinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, levou policiais federais para a porta da casa do ex-deputado, no interior do Rio de Janeiro, no início da tarde.
Moraes havia decidido revogar a prisão domiciliar de Jefferson, investigado por suposto envolvimento com organização que ataca o Estado Democrático de Direito. Moraes considerou que Jefferson descumpriu repetidas vezes as regras da prisão domiciliar e decidiu mandá-lo para o presídio.
Jefferson recebeu os agentes da PF com tiros de fuzil e granadas. Dois policiais chegaram a se ferir, foram levados ao hospital, mas passam bem.
Em seguida, Moraes mandou prender o ex-deputado novamente, dessa vez também em razão da agressão ao policiais.
Armas e munição
Em relatório enviado ao STF, a PF informou que apreendeu com Jefferson mais de 7 mil cartuchos de munição compatíveis com armas como pistolas e fuzis. Foram recolhidos ainda 3 fuzis.