Câmeras de segurança gravaram parte das agressões do homem que matou a esposa no fim de semana, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. O registro do sistema de segurança mostra que em cerca de 7 minutos Luis Fernando da Silva discutiu, puxou a vítima pelos cabelos, a levou para dentro de casa, a matou e fugiu.
O delegado que investiga o caso pediu a prisão preventiva de Luis Fernando, conhecido como Nando. Ele tem 25 anos, trabalha como barbeiro e está foragido.
Câmeras de segurança gravaram quando Thalia voltava para casa acompanhada de dois amigos, na madrugada de sábado. Nando aparece e abre o portão, discute e empurra o homem de blusa vermelha.
Naquele momento, ele já estava com uma faca de cabo branco na cintura. Dentro da garagem, o agressor puxa Thalia pelos cabelos e arrasta a vítima pelas escadas. Minutos depois, vai embora correndo e tira a camisa.
Thalia Karoline Andrade do Nascimento, de 25 anos, foi morta a facadas no bairro de Arraial Paulista. A mulher chegou a ser socorrida para o Hospital Geral de Pirajussara, mas não resistiu aos ferimentos. Ela deixou duas filhas de 8 anos e 8 meses.
Prima atacada
Uma prima dela, que estava dormindo, acordou com os gritos e foi esfaqueada. A prima conseguiu fugir e pulou a janela para pedir ajuda.
Thaisa Nascimento sobreviveu, mas está com cicatrizes nos braços, mão, cabeça e nas costas.
“Eu pedindo pra ele parar, aí quando fui me aproximando deles, ele já me empurrou de volta pra cama e veio com a mesma faca pra cima de mim. Lembro que ele me prendeu na parede e tava me dando facada. Eu tava tentando me defender com os braços e abaixando a cabeça”, lembra.
Agressões frequentes
Franciana Nascimento, mãe da vítima, contou ao SP2 que em um mês de namoro a vítima sofreu agressões e chegou a terminar o relacionamento. O casal estava junto havia cinco meses.
“Ele bateu nela e acabou [o relacionamento]. Aí voltou e aquela promessa de homem: eu te amo, volta pra mim, você é a mulher da minha vida. Depois teve a segunda agressão, que foi um soco olho dela. Na terceira agressão um outro murro no olho e a quarta agressão foi essa que levou a vida dela”, lamenta.
Casos de violência contra a mulher podem ser denunciados pelo telefone 180, da central de atendimento à mulher, e pelo 190 da Polícia Militar.