Um professor de uma escola particular em Paulista, no Grande Recife, foi filmado agredindo um aluno durante um jogo da unidade de ensino. Imagens enviadas para o WhatsApp da TV Globo mostram o homem jogando o garoto no chão e dando soco durante partida de handebol. O caso é investigado pela Polícia Civil.
O pai do estudante agredido contou que a partida entre professores e alunos aconteceu na quarta-feira (26), durante os jogos internos da escola. O homem, segundo o pai, era professor de educação física. O garoto tem 17 anos.
Nas imagens, é possível ver que os professores estão com camisa vermelha na parte de cima e com uma bandeira do Brasil na parte de baixo, enquanto os alunos estão com camisas amarelas também com bandeira nacional na área inferior.
“Tinham outros professores e ninguém interveio. A escola foi omissa nisso”, declarou o pai.
Espantada com o que aconteceu, uma aluna que filmou uma da cena diz “olha, olha… eu gravei viu”. Após as imagens viralizarem nas redes sociais, o homem foi demitido.
O que diz a escola
Por nota, a Escola Aquarela repudiou a atitude do funcionário que “aparece em vídeos que estão circulando em redes sociais agredindo um aluno da escola” e que, assim que tomou conhecimento do que aconteceu, demitiu o funcionário, afastou a coordenadora e suspendeu os jogos que eram realizados.
“Não é suficiente só demitir o professor. Ele precisa responder pelo que fez”, disse o responsável pelo garoto.
O pai contou que, inicialmente, o filho não quis revelar para a família o que aconteceu e que foi através dos amigos do garoto que souberam. “Ele não voltou direto para casa e, quando chegou, ficou no canto, sem falar com ninguém”, disse.
O garoto, depois, disse para a mãe o que aconteceu e ela o levou para atendimento médico, relatou o responsável. Na quinta-feira (27), eles prestaram queixa na Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente e Atos Infracionais de Paulista.
“Não pode acontecer uma coisa dessas. Meu filho está sem querer ir para a escola. A família está toda revoltada”, disse o pai.
O nome do responsável e do garoto não foi revelado em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O nome do professor não foi divulgado e, com isso, o g1 não conseguiu localizar a defesa dele.
Em nota, a Polícia Civil confirmou que registrou o caso como lesão corporal. “As investigações foram iniciadas e seguem até esclarecimento do caso”, disse.