O senador Jorginho Mello (PL) confirmou a expectativa das pesquisas eleitorais e foi eleito o novo governador do Estado de Santa Catarina, neste domingo, 30. Com 77,2% das urnas apuradas, o candidato do Partido Liberal, o mesmo do presidente Jair Bolsonaro, tinha 70,8% dos votos válidos, ante 29,2% de seu adversário, o petista Décio Lima (PT), de acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Senador eleito em 2018, com 1.179.757 votos, Jorginho permaneceu na Casa Alta do Legislativo pelos últimos quatro anos após entrar na segunda vaga do Estado. Ele integrou a tropa de choque governista na CPI da Covid, onde protagonizou uma discussão com o relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL). No Senado, Mello ocupou o cargo de vice-líder do governo no Congresso e agora será o novo chefe do Executivo catarinense de 2023 a 2026.
O primeiro turno das eleições ao governo catarinense ficou marcado pela derrota do atual governador, Carlos Moises (Republicanos), que obteve apenas 16,99% dos votos. Jorginho liderou a corrida eleitoral e obteve 38,61% da preferência do eleitorado, com um resultado acima do dobro do segundo colocado, Décio Lima, que obteve 17,62% da escolha dos votantes. Após a definição de que enfrentaria Décio no segundo turno e com alta expectativa de ser eleito, Mello evitou cantar vitória antecipada, mas prometeu transformar Santa Catarina no “melhor Estado do Brasil”. “Governador tem que gostar de gente, eu gosto de gente, por isso quero chegar fazendo”, afirmou. Ao comentar sobre sua possível “governabilidade” em parceria com a Assembleia Legislativa estadual, Jorginho ressaltou que o presidente da Casa não será do seu partido e que um rodízio no cargo é a tendência natural. “Tenho experiência, fiquei quatro mandatos ali, fui presidente, sei como funciona. Mas eu não tratei disso com ninguém ainda e não é momento para tratar.”