Caso Danilo: Padrasto é condenado a mais de 51 anos de prisão

A sentença foi fixada em 51 anos, 11 meses e 15 dias de reclusão por homicídio triplamente qualificado, estupro de vulnerável, ocultação de cadáver e denunciação caluniosa

José Alberto de Morais, acusado de matar o enteado Danilo Almeida Campos, de 7 anos, no Dia das Crianças do ano de 2019 no bairro do Clima Bom, foi condenado em júri popular a 51 anos, 11 meses e 15 dias, que deve ser cumprida em regime fechado.

O julgamento ocorreu no Fórum de Justiça do Barro Duro, em Maceió e foi presidida pelo juiz Yulli Roter Maia, da 7ª Vara Criminal. O réu foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, estupro de vulnerável, ocultação de cadáver e denunciação caluniosa.

“O réu teria se aproveitado da oportunidade, quando a mãe acreditou que o menino estaria em segurança, para cometer o crime dentro do estabelecimento comercial, longe de qualquer suspeita ou testemunhas. O réu usou de extrema brutalidade pela forma  como cometeu o crime”, diz um trecho da sentença.

Durante o julgamento, o promotor de Justiça Thiago Riff ressaltou a brutalidade do crime e a ousadia do réu em criar a personagem da mulher de cabelo verde e inventar que a companheira trabalhava com magia negra.

“Ele mente, cria situações para incriminar a mãe da criança. Um menino de sete anos, abusado, vítima de um homem do qual jamais poderia se defender. Todas as provas estão nos autos, havia sêmen no anus do menino, o réu teve a audácia de caluniar dois delegados, afirmando que o torturaram. Vocês estão aqui para fazer justiça, esse crime será evidenciado por muitos anos e, as nossas crianças, e ainda as que estão pra nascer, precisam ser respeitadas. Apresentamos quatro qualificadoras, o réu já tem histórico de violência e já foi condenado por outro crime. Senhores, é preciso que ele seja condenado para servir de exemplo, para que outras crianças não passem por isso”, afirmou o promotor.

Entenda o caso

Danilo Almeida Campos, de 7 anos, foi  morto no Dia das Crianças do ano de 2019 no bairro do Clima Bom. O corpo da criança foi encontrado próximo a um mercadinho com diversas perfurações na cabeça e no pescoço.

Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que o menino foi violentado sexualmente antes de ter sido assassinado. O crime teria sido motivado pelo atraso da criança ao levar um talher para o suspeito em sua oficina mecânica.

Na oportunidade, a PC revelou ainda que o corpo do menino foi encontrado totalmente higienizado e com roupas diferentes das que Danilo havia saído de casa antes de ter sido assassinado. José Roberto, o principal suspeito do crime, foi preso pelo crime em novembro de 2019.

Ele já havia sido condenado por tentativa de homicídio, estupro de vulnerável, lesão corporal, cárcere privado e sequestro cometidos no ano de 2010 na cidade de Arapiraca, no agreste alagoano.

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